Os dois principais candidatos ao governo do estado, Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT), aproveitaram o debate realizado ontem pela Universidade Positivo para fazer ataques mútuos. Eles não perderam a oportunidade de apontar os pontos considerados fracos um do outro. Para atingir Osmar, Richa mirou na aliança fechada pelo adversário para disputar o governo do estado. Já o pedetista voltou a tentar colar no adversário direto a imagem de privatista.
"Na minha coligação, existe afinidade. Não foi uma coligação baseada em interesses pessoais [...]. Porque não se pode perder, jamais, a coerência e, sobretudo, a dignidade", disse o tucano, em uma alusão a aliança fechada por Osmar com o PT e com o PMDB, do ex-governador Roberto Requião, que foi adversário do pedetista na eleição de 2006.
Em sua fala, Richa também fez críticas ao ex-governador, que agora concorre a uma cadeira no Senado. Ao falar sobre repasses do governo do estado para a prefeitura de Curitiba, o ex-prefeito da capital reclamou que foi vítima de represálias por parte de Requião porque apoiou a candidatura de Osmar Dias na eleição de 2006.
Segundo a se apresentar na manhã, Osmar pôde se defender das críticas do adversário. Ele ainda aproveitou a oportunidade para fazer novos ataques a Richa ao lembrar que o tucano deixou a prefeitura da capital antes do fim do segundo mandato. "Fiz esta aliança porque em 2008 eu apoiei o meu oponente que assumiu o compromisso de permanecer na prefeitura até 2012. Mas se ele é candidato agora, nós não poderíamos estar na mesma aliança."
Primeiro a falar, Richa foi questionado por estudantes sobre sua saída da prefeitura de Curitiba para poder concorrer ao governo do estado. O ex-prefeito citou dados de pesquisas de opinião pública que indicariam que a maioria dos curitibanos que votaram nele seria favorável a sua candidatura ao governo do estado.
O tucano, porém, não teve a oportunidade de se defender para o público que esteve ontem no Teatro Positivo das indiretas de Osmar em relação a ligação do adversário com o grupo político que realizou privatizações no estado. "Quem fala hoje em defender as empresas públicas votou para a venda do Banestado", afirmou Osmar, em uma referência ao período em que Richa estava na Assembleia Legislativa.
O ex-prefeito de Curitiba tem tentado se desvencilhar da imagem de privatista. Na segunda-feira, em entrevista à rádio Banda B, o tucano voltou a afirmar que as estatais permanecerão sob o controle do governo.
Foge
A manhã gelada de terça-feira parece ter espantado o público da sabatina dos candidatos ao governo do estado. Por volta das 9h30, cerca de 200 pessoas estavam no auditório do Teatro Positivo para ouvir Beto Richa, o primeiro a falar, dos quatro candidatos que estiveram ontem no evento. Ao longo da manhã, o espaço foi ficando vazio.
Os últimos dois candidatos que se apresentaram o concorrente do PSoL ao governo do estado, Luiz Felipe Bergmann, e o candidato do PV ao Senado, Rubens Hering falaram para uma plateia esvaziada. Aproximadamente 50 pessoas considerando os militantes partidários ficaram para ouvir as propostas dos dois candidatos.
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