O comando do PSDB "terceirizou" parte da mobilização da campanha do candidato José Serra para puxadores de voto do partido. A partir dessa semana, o senador eleito por Minas, Aécio Neves, e os governadores eleitos Geraldo Alckmin (SP) e Beto Richa (PR) viajarão pelo país em articulações políticas e contato com a militância em nome do presidenciável.
Embora haja tucanos que veem com desconfiança o mergulho de Aécio na campanha, ele articulou viagens pelo interior de seu estado a fim de fazer campanha para Serra, nos moldes da que organizou em prol do afilhado político, o governador eleito de Minas, Antonio Anastasia. Na quinta-feira (14), dá início à mobilização com ato ao lado de Serra. E Alckmin traçou agenda de viagens que incluem Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Na primeira reunião do conselho político, do qual participaram tucanos e integrantes do DEM e do PPS, houve cobranças para que a campanha dê maior atenção ao Nordeste. Também houve o diagnóstico de que é preciso angariar setores rebeldes do PTB e do PP - o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, conversou domingo com o presidente pepista, Francisco Dornelles.
Apesar de a avaliação interna ser de que Serra não deverá ter muito mais do que 30% das intenções de voto na região, senadores do DEM disseram ser importante traçar um discurso social e econômico para o Nordeste. Tucanos e integrantes do DEM acham que as cidades nordestinas estão com a situação econômica bastante frágil e que usar o discurso de fortalecimento do Executivo municipal para os prefeitos poderia ajudar a conquistar votos nos grotões do País.
Na reunião do conselho, ficou definido que, para cada estado, deve haver um discurso específico, focando as prioridades regionais. Também houve cobrança para enfatizar as promessas de aumento do salário mínimo, reajuste das aposentadorias e a concessão do 13.º para os beneficiários do Bolsa-Família. Rodrigo Maia, presidente do DEM, disse que a meta é diminuir a diferença onde Serra perdeu e ampliar onde ganhou.
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