Apoio na AL deve contar com reforço do PMDB
Ao falar sobre a construção da bancada governista na Assembleia Legislativa, o governador eleito, Beto Richa (PSDB), disse estar tranquilo de que terá a maioria necessária para colocar em prática seus projetos e políticas públicas para o Paraná. Uma das estratégias viria da aproximação com o PMDB, que esteve na coligação do senador Osmar Dias (PDT) na disputa pelo governo do estado.
Foz do Iguaçu - O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), fez campanha ontem para o candidato tucano à Presidência da República, José Serra, em Foz do Iguaçu. "Não tenho dúvida alguma de que o Serra é de longe o candidato mais preparado, competente e capacitado para governar o Brasil. Valores morais e éticos também são fundamentais para a consolidação das instituições democráticas. Por onde Serra passou, deixou uma marca de realizações. Isso demonstra que é um gestor público de mão cheia", disse.
Richa anunciou que irá acompanhar Serra por outros estados do país na disputa do segundo turno. O paranaense é um dos três governadores que o PSDB elegeu no primeiro turno, ao lado de Geraldo Alckmin (SP) e de Antônio Anastasia (MG). Serra também deverá vir ao Paraná: a primeira passagem pelo estado está marcada para a semana que vem. O candidato irá a Londrina na sexta-feira e poderá passar antes por Curitiba, na quinta.
Em Foz, Richa também falou sobre o seu futuro governo. A visita ao Oeste foi vista como um início da "interiorização" que ele pretende promover no Palácio Iguaçu. Beto disse que não adiantiaria nenhum secretário de Estado da sua gestão além do vice-governador eleito, Flavio Arns (PSDB), confirmado para a Educação. No entanto, cometeu um ato falho ao indicar que pode ter "um irmão" no secretariado.
"Já adianto, teremos metas a cumprir. Se não cumprir a meta, eu desligo da equipe mesmo. Pode ser um irmão meu, eu desligo", disse. José Richa Filho, conhecico como Pepe, foi secretário da Administração durante o mandato de Beto na prefeitura. No governo do estado, a especulação é de que ele venha a assumir a Secretaria dos Transportes.
"Demiti 15 secretários no meu mandado à frente da prefeitura da capital. Alguns eu mudei de área e outros eu desliguei definitivamente porque não estava concordando com a postura ou com os resultados. Sou descentralizador, distribuo tarefas e cobro", disse.
Richa também afirmou que não fará perseguição a prefeitos que apoiaram Osmar Dias (PDT) na campanha pelo governo. "Sei que muitos prefeitos foram pressionados a apoiar o candidato do governo. Mas confio também que eles não vão trocar esses dois meses que ainda restam por quatro anos. O apoio que tive e o que não tive vou agradecer com trabalho. Uma cidade inteira não pode ser prejudicada porque o prefeito não gosta de mim."
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