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Somados, os cinco candidatos que permaneceram alheios ao público dos debates televisivos durante a campanha conseguiram abocanhar apenas 0,28% dos votos válidos nesta eleição. Eles não foram convidados para as principais entrevistas e debates das grandes redes porque seus partidos não têm representação no Congresso.

O mais votado dos nanicos foi o candidato José Maria Eymael (PSDC), com 88.257 votos, ou 0,09% do total (com 98% dos votos apurados).

Ao votar na região do Alto de Pinheiros, em São Paulo, ele disse estar confiante de que a legenda sairia fortalecida do pleito, fazendo o vice-governador do Amapá e diversos deputados. "Quem esteve comigo durante a campanha e quando votei presenciou a alegria e o reconhecimento popular, as pessoas cumprimentando de perto e acenando de longe. Isso é um sinal de que a democracia cristã alcançou a alma dos brasileiros", disse. O jingle do candidato foi definido como um dos mais "pegajosos" da campanha. A letra salienta os valores cristãos das famílias brasileiras.

Em seguida veio Zé Maria, do PSTU, com 83.587 votos, ou 0,08%. Ao votar na capital mineira, ele afirmou que seu partido se organiza para defender uma mudança na sociedade. "Defendemos uma sociedade socialista em que a riqueza do país fique com os trabalhadores para garantir vida digna para todos", disse, após esperar mais de 20 minutos em uma fila para votar.

O candidato Levy Fidelix (PRTB) obteve 0,06% dos votos; Ivan Pinheiro (PCB) alcançou 0,04% e Rui Costa Pimenta (PCO) foi o lanterninha, com 0,01%.

Para as legendas, o lançamento de candidatos a presidente sem qualquer chance de vitória se explica pelas 20 aparições de 55 segundos cada no horário eleitoral gratuito, momento em que enfatizam suas causas.

Enquanto o programa de governo do mais votado é amplo e genérico, PSTU, PCO e PCB propuseram causas mais radicais, envolvendo basicamente o rompimento com o sistema capitalista.

José Maria é enfático na necessidade do boicote à dívida externa para que a verba seja transferida a causas sociais. Entre as propostas mais polêmicas está a expropriação e estatização de instituições financeiras.

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