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A cultura da cidadania contra a barbárie
Mobilizações para expressar indignação ou para prestar solidariedade são cada vez mais comuns e indicam um despertar do brasileiro
O Brasil terá já a partir deste ano o Dia Nacional da Cidadania. O projeto de lei, de autoria do senador Papaléo Paes (PSDB-AP), foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira passada (21). A data escolhida foi o dia 5 de outubro, mesmo dia do aniversário da promulgação da Constituição de 1988. Para Paes, a criação da data é "uma grande oportunidade para incentivarmos o comprometimento dos brasileiros, livres de tutela, com o presente e o futuro de seu próprio país".
Segundo Paes, o país era um dos poucos no mundo que não tinha comemoração semelhante no seu calendários oficial. A data escolhida também é emblemática, pois a Constituição contou com forte participação popular. "Foi um exemplo notável e eloquente do peso político e do poder de convencimento dos cidadãos na democracia", declara o senador.
A escolha do dia 5 de outubro repete os moldes dos Estados Unidos, onde o Dia da Cidadania também é aniversário da Constituição, promulgada em 1787.
O senador disse ainda que, desde 1988, a consciência da cidadania ampliou-se entre os brasileiros. "Trabalhadores, estudantes, profissionais e donas de casa alcançaram uma admirável compreensão da importância da participação e do envolvimento de todos nas causas comuns", conta. Paes lembrou ainda a participação popular na Campanha das Diretas Já e, mais recentemente, na Lei da Ficha Limpa, que proibiu a participação, nas eleições, de condenados por tribunais colegiados.
Interatividade
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