
Foz do Iguaçu - A Câmara de Foz do Iguaçu instaurou ontem cinco comissões para investigar denúncias contra o prefeito Paulo Mac Donald Ghissi (PDT). As queixas, que podem resultar em cassação, vão desde a suposta prorrogação ilegal de contratos do transporte coletivo até nomeações irregulares.
As denúncias foram apresentadas por moradores da cidade. A primeira delas diz respeito a irregularidades no repasse do duodécimo montante que o Executivo repassa à Câmara Municipal para custear despesas. A prefeitura estaria repassando valor menor do que o estabelecido na Lei Orçamentária, mesmo com ordem judicial contrária.
Outra denúncia implica no acúmulo de cargos por parte do atual secretário de Saúde, Luiz Fernando Zarpelon. Ele teria exercido ao mesmo tempo cargo de médico da família em Fazenda Rio Grande, na região metrpolitana de Curitiba, e de Secretário de Saúde de Foz do Iguaçu.
A terceira denúncia refere-se à criação da Secretaria Extraordinária de Políticas da Gestão Pública em janeiro de 2010 e em maio, da Secretaria de Gestão de Pessoas e Políticas de Recursos Humanos. A secretária Elenice Nurnberg teria acumulado os dois cargos.
O prefeito também teria prorrogado contrato com empresas de transporte coletivo sem autorização. Outra queixa é sobre uma funcionária que teria pedido demissão do cargo de Fiscal de Preceitos, mas continua na função sem ter prestado concurso público novamente.
Mac Donald disse que não foi notificado e irá se pronunciar apenas hoje após analisar as denúncias. No entanto adiantou que as acusações estão ligadas a um jogo político pré-eleitoral.
As denúncias serão investigadas pelas comissões, cujos integrantes foram nomeados ontem por meio de sorteios. As comissões têm 90 dias para apresentar um relatório, que será submetido à aprovação do plenário. Caso um dos relatórios seja aprovado por dois terços dos votos (10), será decretada a cassação do prefeito.
O vereador José Carlos Neves da Silva (PMN) disse que já havia apresentado na Câmara algumas das denúncias e que elas procedem. "Todas têm documentos que mostram que as denúncias estão em desacordo com a Lei Orgânica do Município", diz.
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