Os gastos milionários não garantiram a reeleição dos três candidatos a deputado federal que mais investiram recursos nas próprias campanhas: Wilson Picler (PDT), Marcelo Almeida e Odílio Balbinotti, ambos do PMDB. O trio também liderou a lista dos candidatos com as maiores arrecadações e despesas de campanha até a última prestação de contas divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia 3 de setembro. Todos tiveram votações expressivas, mas insuficientes para garantir o novo mandato e ficaram na suplência dos 11 deputados eleitos pela coligação que compunham. Por causa do critério de proporcionalidade das eleições legislativas, os dois peemedebistas, mesmo obtendo mais votos do que seis dos deputados eleitos, terão de esperar uma cadeira vagar na Câmara Federal. Almeida gastou cerca de R$ 1,7 milhão até setembro e teve 82.518 votos. Já Balbinotti, que tinha investido R$ 1,3 milhão, obteve 84.523 votos e ficou em primeiro entre os que não conseguiram se eleger.
"Estou tranquilo. Fiz uma grande votação e consegui ser o mais lembrado em 20 cidades diferentes", disse Balbinotti. De acordo com a sua assessoria de imprensa, o deputado deve, assim como a maioria dos candidatos de seu partido, se concentrar na campanha de Dilma Rousseff no segundo turno presidencial. Balbinotti diz acreditar que em caso de vitória da petista algum parlamentar paranaense ocupará cargo no Executivo e sua vaga se abriria logo no início da nova legislatura.
Recordista de gastos de campanha até setembro, com despesas declaradas em cerca de R$ 2,4 milhões, o pedetista Wilson Picler obteve 69.215 votos e será o terceiro na lista dos suplentes, assim como ocorreu em 2006. Procurado pela reportagem, o deputado não respondeu às ligações.
O único candidato a deputado federal que apresentou prestação de conta milionária e conseguiu se reeleger foi Luiz Carlos Hauly (PSDB).
A divulgação da prestação consolidada de todas as campanhas pelo TSE será no dia 2 de novembro.
Assembleia
Na eleição para o Legislativo estadual, o único candidato que ultrapassou a marca de R$ 1 milhão em gastos de campanha foi Ney Leprevost (PP), que garantiu uma vaga como o quinto deputado mais votado no Paraná. O segundo na lista das campanhas caras foi o primeiro colocado na votação, Alexandre Curi (PMDB). Entre os dez candidatos com as campanhas mais caras, dois não conseguiram se reeleger. Rafael Greca (PMDB) fez 29.867 votos e ficou em 69.º colocado, à frente de Neivo Beraldin (PDT), que fez 28.153 votos e terminou na 71.ª colocação.
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