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Debate entre os principais candidatos ao Senado na Universidade Positivo, em Curitiba: encontro foi transformado num confronto entre os dois últimos governos federais | Fotos: Antônio Costa/ Gazeta do Povo
Debate entre os principais candidatos ao Senado na Universidade Positivo, em Curitiba: encontro foi transformado num confronto entre os dois últimos governos federais| Foto: Fotos: Antônio Costa/ Gazeta do Povo
  • Fruet: exemplo de que CPI não torna ninguém mais conhecido.

Os candidatos ao Senado pelo Paraná jogaram "em duplas" no primeiro debate de que participaram. Em vez de atacar os adversários, os quatro principais nomes na disputa deste ano preferiram usar o evento da noite de ontem, no Teatro Positivo, em Curitiba, para defender os seus parceiros de chapa. Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT), que fazem parte da coligação de Osmar Dias (PDT), fizeram perguntas apenas um para o outro; Gustavo Fruet (PSDB) e Ricardo Barros (PP) repetiram a estratégia e elogiaram o seu candidato ao governo, Beto Richa (PSDB).

O debate também foi transformado num confronto entre os dois últimos governos federais. Requião e Gleisi fizeram a defesa do governo Lula e disseram que só a eleição de um Senado que dê continuidade às políticas sociais do atual governo interessa à população. Requião, por exemplo, fez questão de voltar à questão das privatizações, criticando a política de Fernando Henrique Cardoso e de Jaime Lerner em relação às empresas públicas. "Quando eu assumi, em Paranaguá não havia um porto, mas uma pocilga", afirmou.

Gleisi fez o mesmo jogo, comparando as políticas de Lula e de Fernando Henrique na área agrícola. "Quando o Lula assumiu,o governo federal tinha financiamento de R$ 1 bilhão para a agricultura familiar. Neste ano, o financiamento chega a R$ 16 bilhões", disse ela, afirmando que o governo petista teria dado mais atenção para os pequenos produtores.

Gustavo Fruet, por outro lado, bateu duro no governo Lula. Afirmou que o projeto do PT é mais do que um projeto de governo: seria um projeto de poder. Disse que o atual governo "privatiza o dinheiro público". Lembrou as acusações que vêm sendo feitas ao governo petista, sobre um possível controle social da mídia e sobre a política de liberar mais verbas de emenda para aliados. "Eu sou a favor de tornar as emendas obrigatórias ou acabar com elas", disse o deputado, afirmando que hoje as emendas são usadas como moeda de troca entre Executivo e Legislativo.

Ricardo Barros criticou a política do governo federal, apesar de ter sido vice-líder de Lula na Câmara Federal até o fim do ano passado, e do governo do estado em relação à educação. Ressaltou que a cidade que representa, Maringá, administrada por seu irmão, o prefeito Silvio Barros II (PP), tem Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) igual ao de Curitiba. E afirmou que o governo federal não consegue ter Ideb igual a 5. "Está reprovada a política educacional do governo", disse. Segundo ele,a falta de educação integral na maior parte dos municípios do Paraná também mostra uma falha.

Promovido pelos alunos do curso de Direito da Uni­­versidade Positivo, o debate entre os candidatos ao Senado foi dividido em duas partes: perguntas entre os candidatos na primeira fase e perguntas feitas pela plateia na segunda. No total, o evento durou cerca de duas horas e contou com a participação de dezenas de estudantes.

Hoje, a Universidade Positivo promove palestras com candidatos ao governo do estado. Beto Richa (PSDB) faz palestra e responde a perguntas às 9 horas e Osmar Dias, às 10 horas. Luiz Felipe Bergmann (PSol) e o candidato ao Senado pelo PV, Rubens Hering, participam às 11 horas. A entrada é gratuita e limitada ao número de lugares no teatro.

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