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Cunha Lima: crime eleitoral | José Cruz/ABr
Cunha Lima: crime eleitoral| Foto: José Cruz/ABr

Brasília e São Paulo - O ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB) teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-PB), com base na Lei da Ficha Limpa. A decisão foi tomada na noite de anteontem.

Cunha Lima, que seria candidato ao Senado, foi condenado por crime eleitoral. Em fevereiro do ano passado, depois de ter recursos negados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele deixou o cargo de governador e, em seu lugar, assumiu José Maranhão (PMDB). A Lei da Ficha Limpa prevê que políticos condenados por um colegiado de juízes – caso de Cunha Lima – não podem ser candidatos.

Outros três políticos da Paraíba também tiveram registro negado pela Ficha Limpa na mesma sessão em que Cunha Lima teve a candidatura indeferida: Abmael de Souza Lacerda (candidato a deputado estadual, PMDB), Sebastião Alberto Cândido (a deputado estadual, PPS) e Márcio Roberto da Silva (candidato a deputado estadual, PMDB).

Roriz apela ao povo

O ex-governador Joaquim Roriz (PSC), que teve a candidatura ao governo do Distrito Federal barrada anteontem pelo Tribunal Regional Eleitoral de Brasília (TRE) com base na Lei da Ficha Limpa, disse ontem que confia nos tribunais superiores voltar a concorrer. Ele afirmou que pretende recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, "se preciso", ao STF. Até a decisão final da Justiça Eleitoral, Roriz pode continuar em campanha.

"Confio na Justiça do meu país! Confio no julgamento jurídico dos tribunais superiores, isentos de interesses e de paixões eleitorais", diz o ex-governador, em nota publicada no seu site oficial.

Roriz afirma ainda que a Lei da Ficha Limpa causa insegurança jurídica no país. Roriz conclui a mensagem "conclamando" os eleitores dele a sair às ruas "para mostrar a todos os nossos adversários que a vontade popular tem que ser respeitada. Que eleição se ganha nas urnas e não no tapetão!".

O ex-governador do Distrito Federal, considerado favorito na disputa deste ano, teve sua candidatura barrada porque, em 2007, renunciou ao cargo de senador para escapar de um possível processo por quebra de decoro parlamentar. A Lei da Ficha Limpa prevê que políticos que renunciam ao mandato para evitar a cassação devem ter sua candidatura negada.

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