O governo federal informou neste sábado (18) que as denúncias veiculadas nesta semana pela revista Veja sobre o suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil serão enviadas ao Ministério da Justiça para serem apuradas pela investigação já aberta sobre o caso.
Essa investigação foi pedida pela ex-ministra Erenice Guerra antes de deixar o comando da Casa Civil em meio a acusações contra ela e contra seus parentes.
A reportagem denuncia que o ex-assessor da Casa Civil Vinícius de Oliveira Castro recebeu R$ 200 mil a título de "comissão" por uma compra de emergência do medicamento Tamiflu, usado para combater a gripe influenza A (H1N1). Ainda segundo a revista, Vinícius contou o episódio da propina a pelo menos duas pessoas: seu tio e à época diretor de Operações dos Correios, Marco Antonio de Oliveira, e a um amigo que trabalhava no governo.
Ambos o tio e o amigo de Vinícius -, em depoimentos gravados, confirmaram à Veja o teor da confissão. O dinheiro, conforme a revista, seria distribuído a funcionários do ministério para que eles mantivessem silêncio sobre esquemas de corrupção ou colaborassem com eles.
A assessoria da Casa Civil informou ainda que as denúncias envolvendo funcionários do órgão serão encaminhadas à comissão de sindicância criada ontem para investigar supostos atos ilícitos cometidos por servidores.
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