Brasília - O atual comando da Casa Civil decidiu deixar para depois das eleições o resultado das investigações sobre tráfico de influência e outras irregularidades ocorridas na pasta na gestão Erenice Guerra. Ontem, o ministro interino da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteve Lima, prorrogou por mais 30 dias as apurações.
Com esta prorrogação, o resultado da sindicância só será apresentado após o segundo turno das eleições, evitando, assim, qualquer novo prejuízo político para a candidata petista ao Planalto, Dilma Rousseff. Apesar de Erenice Guerra não ser investigada por esta comissão, os computadores dela e dos servidores que tiveram seus nomes envolvidos nas denúncias de tráfico de influência, foram lacrados para averiguação.
Também ontem, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República negou, por unanimidade, o pedido de reconsideração da censura ética aplicada à ex-ministra da Casa Civil. Ela foi punida por ter se recusado a apresentar à comissão a Declaração Confidencial de Informações (DCI) com dados sobre bens que possui, parentescos na administração pública e conflitos de interesses, apesar de a comissão ter solicitado por três vezes que ela o fizesse.
Erenice ignorou todos os pedidos. A punição a Erenice não tem efeito prático, apenas moral e não a impede de assumir nenhum novo posto no serviço público. Apenas a censura ética ficará constando, por três anos, em seus autos de servidora pública.
Empréstimo
O PSDB e o DEM acionaram a Procuradoria-Geral da República ontem pedindo investigação sobre denúncia revelada pela revista Época de que uma empresa subordinada à Eletrobras teria sido usada para concessão de garantias de empréstimo externo para empresa privada de forma fraudulenta.
Por trás do esquema estaria Valter Luiz Cardeal Souza, presidente do Conselho de Administração da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), ligado política e profissionalmente a Dilma Rousseff.
Segundo a reportagem, o banco de fomento controlado pelo governo da Alemanha Kreditanstalt für Wiederaufbau (KFW) estaria movendo um processo por danos materiais e morais contra a CGTEE por causa de um empréstimo internacional no valor de 157 milhões de euros para a construção de sete usinas de biomassa de geração de energia no Rio Grande do Sul e no Paraná. A CGTEE teria dado as garantias ao banco, em março de 2005, para a empresa Winimport construir as usinas. A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe empresas do governo de serem fiadoras de empréstimos internacionais a empresas privadas.
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