Celso Russomanno (PP) anuncia apoio a Dilma Rousseff

Candidato ao governo de São Paulo, o deputado federal Celso Russomanno (PP-SP) anunciou nesta segunda-feira (27) seu apoio à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Dividido entre setores pró-governo e de oposição, o PP não se aliou formalmente a nenhum partido na disputa presidencial.

Terceiro colocado na disputa ao governo paulista, com 9% das intenções de voto, segundo o Datafolha, Russomanno formalizou o apoio após comício de Dilma no sambódromo do Anhembi, em São Paulo.

"Faço esse apoio no dia de hoje porque acho importante irmos definidos em quem vamos votar para presidente. O programa da Dilma é o melhor programa, o governo tem feito um bom trabalho ao longo desses anos. Eu, durante esses últimos 16 anos estive em Brasília, acompanhei de perto o trabalho do presidente Lula, entendo que o melhor para o Brasil hoje é a eleição da Dilma", afirmou Russomanno.

Questionado se o apoio a Dilma implicaria em alinhamento com a candidatura de Aloizio Mercadante (PT) em um eventual segundo turno na disputa paulista, Russomanno desconversou. "No segundo turno eu aceito o apoio de quem quiser vir comigo."

Dilma agradece apoio e comenta exigência de dois documentos na votaçãoDilma disse receber o apoio "com muita satisfação". "As coisas em São Paulo vão se decidir no dia 3 de outubro. Quando chegar dia 3 de outubro a gente olha e avalia como é que as forças vão se agrupar para disputar o segundo turno", afirmou.

Em entrevista após o comício, a candidata foi questionada sobre a exigência de dois documentos para votar, contestada pelo PT no Supremo Tribunal Federal e criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o ato desta segunda (27).

"O que nós achamos é que, quando você cria certas regras, pode prejudicar determinados segmentos da população. Um deles que nós sabemos é a população indígena. Quanto menos barreira tiver mantendo controle, impedindo que haja fraude, através da cédula de identidade, eu não vejo problema. Mas isso [exigência de dois documentos] quem vai resolver é a Justiça", afirmou.