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Ao contrário de acirrar os ânimos da militância, o episódio em que o candidato José Serra (PSDB) foi atingido por um objeto durante uma caminhada na zona oeste do Rio semana passada deu origem a provocações e sátiras de parte a parte no domingo de campanha no Rio de Janeiro.

No evento, que reuniu Serra e os principais nomes do PSDB na praia de Copacabana, na zona sul da cidade, os bonecos gigantes que representavam o candidato tinham curativos na testa. Militantes também distribuíram aos eleitores tucanos capacetes azuis como forma de protesto contra a violência na campanha, com adesivos em que se lia a palavra "paz". "Não vamos aceitar provocações. Peguei um capacete para usar como forma de protesto", disse a empresária Sonia Garcia de Souza.

Música

Em uma manifestação pró-Dilma no mesmo bairro, poucas horas depois, um grupo de sambistas também aproveitou o episódio para provocar Serra. O músico Tantinho da Mangueira cantou um samba que compôs especialmente para a ocasião: "Deixa de ser enganador / Foi bolinha de papel / Não fere e nem causa dor".

"A intenção não é atacar ninguém – o Serra ou quem quer que seja. É uma sátira feita no improviso", comentou Tan­­tinho. O evento reunindo sambistas em Copacabana estava previsto para a manhã, mas os organizadores do chamado "Bloco da Dilma" atenderam ao pedido da direção estadual do PT para evitar choques com o ato tucano.

Durante o discurso de Alck­­min, em cima de um carro de som, uma manifestante que passava pelo local soltou vaias e foi repreendida por uma simpatizante de Serra. As duas discutiram rapidamente, mas não houve confusão.

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