Com 1,353 milhão de votos, o palhaço Tiririca, ou Francisco Everardo Oliveira Silva, do PR, tornou-se o deputado federal mais votado das eleições de 2010. Ao todo, Tiririca teve mais que o dobro de eleitores que o segundo colocado em São Paulo, Gabriel Chalita (PSB). Com sua expressiva votação, ele arrasta pelo menos mais três deputados da coligação. Nas vagas "abertas" por ele entraram Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e o delegado Protógenes Queiroz (PC do B).
Orientado pelo PR a evitar expor sua imagem antes da votação, o candidato tentou, inutilmente, driblar o assédio da imprensa. Tiririca, ou Francisco, chegou às 8h54 em sua zona eleitoral, Universidade Paulista (Unip) da Aclimação, em meio a um tumulto de câmeras, gravadores e microfones de jornalistas. Ele estava acompanhado de seu filho Everson Tirulipa, sua mulher, Nana Magalhães, e seu produtor, Joãozito.
A busca por discrição fez o humorista trocar o característico bonezinho colorido, a peruca loura e as roupas espalhafatosas por uma camiseta azul e calça jeans. Tiririca disse a jornalistas que é "humilde", garantiu que sabia ler - na sexta-feira o Ministério Público voltou a pedir a cassação de sua candidatura, sob alegação de que o Francisco é analfabeto - e avisou que só falaria como deputado depois de todos os votos serem apurados. Questionado sobre suas "propostas concretas", caçoou: "De concreto, só o cimento."
Ontem, um boato sobre a morte de Tiririca correu redes sociais da internet. "Eu morriiiiiii", disse o candidato enquanto deixava a Unip, 12 minutos após entrar na universidade. "Canta, Florentina, canta!", pediam os que cercavam Tiririca, em referência à música que tornou famoso o palhaço de circo. E Tiririca cantou. Em seguida, sua assessora de imprensa colocou-o em um carro e os dois foram embora.
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