Construtoras que fazem obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Estado foram as maiores doadoras da campanha do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), reeleito no primeiro turno. Cinco empresas doaram juntas R$ 3,8 milhões, ou 18,4% dos R$ 20,6 milhões recebidos pelo peemedebista. Os dados da prestação de contas do governador estão no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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As maiores doadoras foram a Camargo Corrêa e a OAS, que contribuíram com R$ 1 milhão cada. As duas empresas formam um dos quatro consórcios responsáveis pela construção do principal trecho do Arco Rodoviário, obra que teve orçamento inicial de R$ 800 milhões, mas que já chega perto de R$ 1 bilhão. A OAS integra ainda o consórcio que faz as obras de reurbanização e construção do teleférico do Complexo do Alemão, na zona norte da capital fluminense.

Também colaboraram para a campanha de Cabral as construtoras Queiroz Galvão (R$ 800 mil) e Carioca Engenharia (R$ 500 mil), que atuam no PAC da favela da Rocinha e no Arco Rodoviário. A Empresa Industrial e Técnica (EIT), que integra o consórcio do PAC da favela de Manguinhos, doou outros R$ 500 mil.

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O governador também recebeu R$ 2 milhões de seu comitê financeiro único. O volume representa 9,7% do total recebido e foi diluído em 5.771 pequenas contribuições. Até a noite de hoje o site do TSE não informava os nomes dos doadores ao comitê financeiro.

Bancos

Três bancos fizeram contribuições para Cabral, somando R$ 1,5 milhão. A maior contribuição do setor foi de R$ 700 mil, do Itaú Unibanco. O BMG contribuiu com R$ 600 mil e o Cruzeiro do Sul, com R$ 200 mil. O empresário Eike Batista foi o maior doador individual entre pessoas físicas. Logo no início da campanha, em julho, ele doou R$ 750 mil para a campanha do governador reeleito.

O candidato derrotado do PMDB ao Senado, deputado estadual Jorge Picciani, fez 55 doações para a campanha de Cabral. Seus dois filhos, Leonardo e Rafael Picciani, eleitos para a Câmara e para a Assembleia Legislativa, respectivamente, registraram sete doações. No total, a família Picciani informa ter doado R$ 112,7 mil à campanha de reeleição do governador.

A assessoria de imprensa do governo do Estado informou que "não há impedimento legal de as empresas fazerem doação para a campanha". "São grandes empreiteiras que fazem doações de campanha em diferentes Estados", concluiu.

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