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A senadora Marina Silva (AC), que concorreu à Presidência da República pelo PV e teve quase 20% dos votos, afirmou neste sábado (9) que a convenção do partido marcada para o dia 17 deste mês poderá ter duas posições distintas sobre o apoio à candidata Dilma Rousseff (PT) ou ao candidato José Serra (PSDB) no segundo turno.

"Dia 17 nós teremos a nossa convenção e na convenção eu estarei manifestando a minha posição e obviamente que o partido também estará fazendo o mesmo", disse Marina.

O PV apresentou às candidaturas de Serra e Dilma um documento com dez propostas prioritárias, que devem ser incluídas nos programas de governo dos candidatos. Marina, no entanto, evitou falar se a quantidade de propostas incorporadas será um fator determinante na hora de definir o apoio do PV.

Questionada se a posição do partido poderia ser divergente da dela, Marina evitou responder e disse apenas que o resultado só seria conhecido no dia da convenção do PV. Apesar disso, Marina lembrou o estatuto do partido que prevê a livre manifestação da parcela que discordar da decisão da convenção.

Posição pessoal

A candidata do PV, que obteve quase 20% dos votos na disputa pelo Palácio do Planalto, disse ainda que irá apresentar sua posição pessoal em relação ao segundo turno da eleição.

"Há uma expectativa quanto a minha opinião também. Poderia ser só a do partido, mas eu não posso nesse momento ter uma atitude de falsa modéstia dizendo que não há uma expectativa em relação a minha opinião também. Então, estamos vivendo um processo que caminha em duas pernas. A perna da sociedade e a partidária", afirmou Marina.

Marina esteve na capital federal para se reunir com militantes do PV e agradecer a votação que conferiu a ela a vitória no Distrito Federal. Perguntada se o apoio do partido no DF para o candidato do PT, Agnelo Queiroz, seria uma tendência para a disputa à Presidência, Marina afirmou que as discussões locais não balizam o debate que está sendo feito a nível federal pelo partido.

Recado das urnas

Marina falou que a eleição no primeiro turno deu um recado do eleitor aos políticos. "Elas querem manter as conquistas, mas não querem ser complacentes com os erros. Elas querem atitude de correção dos erros e não querem negar o reconhecimento das conquistas", disse Marina.

A integrante do PV afirmou ainda que Lula recebeu um recado das urnas ao não eleger Dilma no primeiro turno e a oposição também teve um sinal ao ver derrotados quadros importantes como Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Arthur Virgílio (PSDB-AM).

"E esse recado foi dado da seguinte forma: o presidente que tem mais de 80% de aceitação não conseguiu fazer a sua candidata no primeiro turno. E a oposição, que na eleição de dois quadros importantes que eu tenho respeito, mas que não se reelegeram, Tasso Jereissati e Arthur Virgílio, também receberam o recado de que quer a crítica aos problemas, mas não quer que a crítica seja feita pela oposição pela oposição", argumentou Marina.

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