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Se até poucos dias atrás o quadro das eleições presidenciais parecia definido, com a vitória da candidata Dilma Rousseff (PT) já no primeiro turno, as últimas pesquisas apontam para uma queda em intenção de votos da petista – provavelmente em função das denúncias envolvendo tráfico de influência na Casa Civil, com a participação de sua ex-assessora Erenice Guerra. Dilma ainda tem a maior parte dos votos válidos, de acordo com as sondagens, mas não de maneira folgada.

O crescimento de Marina Silva (PV) em grandes cidades, como o Rio de Janeiro, pode mudar esse quadro e levar a disputa para o 2.º turno. Mas para que isso aconteça, Marina e José Serra (PSDB) devem crescer a ponto de "roubar" votos de Dilma, já que a porcentagem de indecisos está na média dos outros anos, 5% (nas eleições de 2006, a quantidade de brancos e nulos foi de 8,41% para presidente). Segundo a pesquisa Ibope divulgada na sexta-feira, Dil­­­ma tem 55% do votos válidos. O Ibope e o Datafolha devem divulgar nos próximos dias novos levantamentos sobre a corrida presidencial.

A previsão de votação em primeiro e segundo turno foi incluída na Constituição de 1988. "A votação em dois turnos foi inserida para evitar a situação como a de Juscelino [Kubitschek] que venceu com pouco mais de 30% dos votos. Com o segundo turno, um governador, prefeito ou presidente é eleito com a maioria absoluta dos votos", comenta o cientista político David Fleisher. Pela aliança PSD-PTB, Juscelino foi eleito em outubro de 1955 com 36% dos votos, com 500 mil votos a mais que o candidato da UDN, Jua­­­­­­rez Távora, e 700 mil votos a mais que o terceiro colocado, o ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros.

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