O Instituto Datafolha entrou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com uma reclamação contra o juiz auxiliar Nicolau Konkel Júnior, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. Konkel bloqueou uma das pesquisas do Datafolha. Ontem, o juiz lamentou a atitude do Datafolha, que requereu à corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, a instauração de processo disciplinar contra Konkel pela decisão de suspender a divulgação de pesquisa eleitoral.
Reportagem de ontem do jornal Folha de S. Paulo mostrou que, na representação ao CNJ, os advogados do instituto argumentaram que o Datafolha obedece rigorosamente à Lei Eleitoral e que seus critérios sempre foram aceitos pelo Tribunal Superior Eleitoral e tribunais regionais eleitorais de todo o país. Disse ainda que a decisão do juiz "criou um clima de censura no estado do Paraná", o que configura "grave cerceamento à liberdade e direito de informação".
Em entrevista por telefone, o juiz disse que o caminho para contestar uma decisão judicial é na Justiça e que a representação no CNJ foi um exagero. "Isso é uma tentativa de intimidação não contra mim, mas contra os juízes de todo o Brasil no momento em que tiver de decidir contra o instituto de pesquisa", disse.
Ontem, o TRE informou que Konkel saiu de férias na quinta-feira. O magistrado explicou que a saída nada teve a ver com sua decisão sobre a pesquisa e que as férias já estavam marcadas antes mesmo dele saber que trabalharia no TRE no período eleitoral.
Procurada pela reportagem, a assessoria do CNJ informou que não pode dar qualquer informação sobre o pedido de representação porque o caso corre em sigilo.
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