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As campanhas dos candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) têm expectativas muito diferentes para o debate de quinta-feira (5) na Rede Bandeirantes, o primeiro das eleições deste ano. Um tucano próximo de Serra, por exemplo, acha que o impacto do confronto ficará "próximo de zero". Já os coordenadores da campanha de Dilma acreditam que o debate em rede nacional será importante para mostrar a cara da ex-ministra ao eleitor antes do início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV e, ao mesmo tempo, "exibir preparo para governar".

Os outros debatedores - Marina Silva (PV) e Plínio Arruda Sampaio (PSOL) - querem tirar o máximo de proveito do debate, seja para se mostrarem ao público, seja para não deixar que Serra e Dilma monopolizem a atenção. Ambos pretendem dizer que eles, sim, representam mudanças e não os dois favoritos.

De acordo com o interlocutor de Serra, a expectativa do PSDB é muito baixa em relação ao debate da Band porque a direção da campanha avalia que o "roteiro" feito para o programa "protege demais" a petista. Isso porque, segundo o tucanato, por imposição da assessoria da campanha de Dilma, as regras definidas para o debate criaram um ambiente de "segurança" para a candidata. A avaliação é de que nesse cenário não haverá espaço para Serra surpreender a ex-ministra da Casa Civil.

Dilma Rousseff, de acordo com sua assessoria, não buscará proteção alguma. Vai mostrar que é "boa de debate", pois ao longo dos últimos sete anos e quatro meses no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o que mais fez foi enfrentar "pedreiras" e sempre se deu bem.

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