A petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra protagonizaram ontem o confronto mais intenso desde o início da campanha em debate presidencial promovido pela Rede TV e pelo jornal Folha de S. Paulo. Os temas que mais mobilizaram os candidatos foram a violação do sigilo fiscal de tucanos e as denúncias de tráfico de influência na Casa Civil.
Serra procurou relacionar Dilma ao episódio da quebra do sigilo fiscal de sua filha, Verônica, ao acusar o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, ligado à campanha petista, de envolvimento no caso. Ao obter direito de resposta, Dilma acusou o adversário de querer "ganhar no tapetão" e de buscar "virar a mesa da democracia".
Ela se referiu a uma ação movida pelo PSDB, na Justiça Eleitoral que pediu investigações sobre a eventual relação da campanha petista com a violação de sigilo. "Não passarei para a história como a caluniadora dessa campanha, ele é quem passará", disse a candidata, referindo-se ao tucano - que também ganhou direito de resposta.
Os candidatos debateram pela primeira vez a revelação, feita pela revista Veja, de que o filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, fez lobby para empresas aéreas com interesses na obtenção de contratos com os Correios. Segundo a revista, o lobby teria rendido ao filho de Erenice uma comissão de cerca de R$ 5 milhões. Dilma afirmou que o governo deve investigar se houve tráfico de influência, mas procurou se desvincular do episódio.
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