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A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira ser contrária a medidas como a taxação de grandes fortunas e o controle da mídia. Sobre redução da jornada de trabalho, ela disse que o assunto ainda precisa "amadurecer na sociedade".

Esses pontos faziam parte da primeira versão de seu programa de governo entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que foi substituído no mesmo dia. As declarações foram dadas durante gravação de entrevista à TV Brasil.

"Foi provado que, de certo modo, é inócuo", disse, sobre a tributação de grandes fortunas. "Não há nenhum indicador de que a tributação de grandes fortunas resulte em grandes benefícios."

Ela também se colocou de forma contrária ao controle dos meios de comunicação. "Sou rigorosamente contrária ao controle do conteúdo. É inadmissível a censura. Sou rigorosamente contrária à censura à imprensa", afirmou.

A candidata disse ainda que é preciso amadurecer a ideia da redução da jornada de trabalho das atuais 44 para 40 horas, uma reivindicação das centrais sindicais. "Não tem como legislar o Executivo e o Legislativo sobre uma coisa que tem de amadurecer na sociedade", disse.

Aborto

Dilma disse que considera o aborto um problema de saúde pública. "Nenhuma mulher quer fazer aborto. Elas estão fazendo por uma medida que as pessoas não gostariam, porque é uma violência ao corpo da mulher", afirmou a candidata.

Dilma Rousseff lembrou que mulheres das classes mais baixas recorrem, muitas vezes, a métodos perigosos.

Casamento homossexual

A candidata do PT afirmou nesta quarta-feira (21) ser favorável à união civil de pessoas do mesmo sexo. Para ela, o Brasil "marcha nesse sentido porque o Judiciário vem reconhecendo isso".

Em entrevista ao Programa 3 a 1, da TV Brasil, a presidenciável declarou também que uma de suas propostas de governo é instituir políticas de prevenção para a saúde da mulher e de proteção dos direitos das crianças e adolescentes. "Um país se mede e se classifica pela capacidade de proteger suas crianças e jovens", disse.

Drogas Dilma disse também que o país não tem condições de discutir atualmente propostas para descriminalização das drogas. Segundo ela, o cenário atual no Brasil mostra que o consumo de uma droga não está desvinculado do consumo de outras drogas.

"O Brasil não tem condições hoje de propor a descriminalização de qualquer droga", afirmou, ao ser perguntada pelo repórter especial da Folha de S.Paulo, Valdo Cruz, se é favorável à descriminalização da maconha.

A candidata defende que o Estado arque com tratamento de usuários de crack e realize campanhas de prevenção.

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