| Foto: Jefferson Bernardes / AFP

Porto Alegre - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, corroborou ontem as declarações dadas na quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra. Em entrevista ao portal Terra, Lula disse que Erenice jogou fora a chance de ser uma grande funcionária pública do País. Ontem, antes de participar de um comício ao lado do presidente em Porto Alegre, Dilma disse que Lula não fez qualquer tipo de avaliação sobre o suposto esquema de corrupção da Casa Civil, mas sobre a contratação de parentes para cargos públicos.

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"Acho que o presidente está fazendo uma avaliação não sobre qualquer avaliação de corrupção, mas sobre uma questão com a qual nós não concordamos, que é a contratação de parentes e amigos. Jamais concordamos", disse Dilma, que evitou condenar ou mesmo citar o nome de Erenice.

Petrobras

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A presidenciável petista comemorou o processo de capitalização da Petrobras, concluído ontem, e aproveitou para criticar o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A Petrobras realizou ontem a maior captação de recursos já feita por uma empresa a partir das economias e das aposentadorias de milhares de pessoas no mundo. A estatal deve levantar, de início, cerca de R$ 104 bilhões, dependendo do preço final das ações; mais de dois terços serão do governo, na forma de títulos pelos barris de petróleo do pré-sal.

"Foi uma operação fantástica. Muita gente dizia que não iria dar certo. Não só conseguimos o dinheiro como fizemos a maior capitalização da história do capitalismo até hoje e ampliamos a participação da União na empresa", afirmou Dilma. "Isso mostra claramente a diferença entre esse governo e o governo anterior: a forma pela qual concebemos a ampliação da Petrobras evidencia que não tivemos que vender patrimônio público para garantir capital para o programa de investimentos da empresa. A coisa mais brasileira da Petrobras é o nome. Não precisamos mudar o nome, colocar o ‘x’, para conseguir captar dinheiro no mercado internacional", afirmou, referindo-se à possibilidade de mudança do nome da Petrobras para Petrobrax durante o governo FHC.

Perguntada se proporia um novo marco regulatório para as comunicações, a candidata afirmou que seria necessário muito debate, mas ressaltou que "temos um grave problema nessa área, que é a participação do capital estrangeiro". Segundo ela, a convergência das mídias mostram que é necessário aprofundar o debate. Ontem à noite, a candidata participou de um comício em Porto Alegre com o presidente Lula.

"O PT considera que seria uma forma de cercear o voto e diminuir a possibilidade de as pessoas votarem."