A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, minimizou nesta segunda-feira (27), em Ouro Preto (MG) o crescimento das intenções de voto em Marina Silva e a postura mais crítica da candidata do PV em relação a ela e ao tucano José Serra nas vésperas da votação em primeiro turno. "Acho tudo isso muito normal", afirmou Dilma. "Tem vontades e gostos para todas as cores nessa reta final. Quem sabe a gente não aguarda o dia 3 de outubro para ver como é que as coisas vão ocorrer de fato nas urnas."
Porém, a candidata do PT voltou a acusar indiretamente Serra de baixar o nível do debate eleitoral. "Eu sempre mantive o alto nível nessa. Eu não me deixei em momento nenhum ser conduzida para qualquer processo de baixaria, de discussão desqualificada, nem assaquei contra pessoas nem contra nenhum dos candidatos falsidades ou mentiras", disse. "Lamento que algumas vezes tenha acontecido. Agora, acredito que o povo brasileiro tem maturidade suficiente para distinguir o joio do trigo e saber fazer a escolha certa."
A petista participou na cidade mineira de gravações que serão exibidas no último programa eleitoral na TV, que irá ao ar na quinta-feira (30). Dilma gravou cenas em frente à igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, de onde é possível avistar boa parte do centro histórico da antiga Vila Rica.
A cidade foi escolhida estrategicamente pela campanha, já que reforça os laços da candidata - que nasceu em Belo Horizonte, mas fez carreira política no Rio Grande do Sul - com o Estado, o segundo maior colégio eleitoral do País, com 14,5 milhões de eleitores.
Diante do Museu da Inconfidência, na Praça Tiradentes, Dilma deu o tom do encerramento de sua campanha na TV: "Aqui começou a independência do País e aqui também começou a luta democrática desse País. Aqui os inconfidentes se insurgiram e aqui começou a nossa nação. Essa simbologia para mim é muito forte. O que eu quero fazer é um modelo novo de desenvolvimento", disse, depois de exaltar novamente suas origens mineiras e fazer comentários sobre o barroco e Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
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