A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, negou neste domingo que tenha havido um suposto esquema de lobby para fechar contratos com o governo federal enquanto chefiava a Casa Civil e afirmou que não comentará mais sobre o assunto.
Reportagem da revista "Veja" desta semana acusa a atual ministra da pasta, Erenice Guerra, de envolvimento num lobby comandado por seu filho, Israel Guerra, para beneficiar empresários interessados em contratos com o governo. O caso mencionado na reportagem se refere a negociações que teriam ocorrido no ano passado, quando Dilma ainda era ministra.
Perguntada sobre a existência do suposto esquema enquanto era titular da Casa Civil, a candidata foi enfática: "Negativo. Não é verdade."
"Não vou me manifestar sobre esse assunto. É assunto do governo, não é da minha campanha", acrescentou.
A revista cita um empresário do setor de transportes que diz ter sido orientado a buscar o filho de Erenice, então secretária-executiva de Dilma, para conseguir ampliar a participação de suas empresas nos serviços de transporte aéreo de correspondências e pacotes dos Correios.
Dilma afirmou que a denúncia contra Erenice é parte de uma pauta "negativa e caluniadora" do presidenciável José Serra (PSDB).
"Eu não vou ficar me atendo à pauta do meu candidato adversário", disse após visitar a comunidade de Paraisópolis, em São Paulo.
"Eu vou insistir nesse fato: esses saltos mortais que pegam um fato e querem ligar a mim, e no meio não tem nada, eu não vou dar combustível para isso. Não respondo a isso."
"Eu não tenho de provar nada da minha pessoa. Eu não estou sendo acusada de nada. Não falo nada sobre assuntos que só interessam a pauta negativa e caluniadora do meu adversário", concluiu.
Na véspera, a candidata havia afirmado que seus rivais na disputa estariam em busca de uma "bala de prata" para atingir sua campanha.
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