O candidato do PMDB à vice-presidência da República, Michel Temer, defendeu nesta quarta-feira (27), em Foz do Iguaçu, a petista Dilma Rousseff, enaltecendo a participação da então oposicionista na luta contra a ditadura militar. "Dilma nunca foi uma guerrilheira. Ela foi uma guerreira da democracia", afirmou.
A defesa foi feita aos participantes da 50ª Convenção de Pastores da Assembleia de Deus do Paraná. Na terça-feira (26), o mesmo evento que reúne lideranças evangélicas do estado também sabatinou o candidato José Serra (PSDB).
Questionado sobre os assuntos mais polêmicos que têm norteado a campanha eleitoral, Temer, a exemplo de Serra, garantiu que, se eleita, Dilma vetará tanto a "Lei da Homofobia", quanto a criminalização do aborto. "A Constituição Federal é clara quando defende o direito individual da vida, vida com dignidade. Da mesma forma, acredito que o Código Penal não será alterado a fim de que o aborto seja legalizado. Sou radicalmente contra e Dilma também já se comprometeu com isso", lembrou.
Temer falou sobre os ataques pessoais que atribui à militância tucana, em especial os que o classificam como satanista. "Isso vêm sendo usado de maneira não eleitoral, mas eleitoreira. Essa conversa vem desde 2006 e agora voltou com força por conta das eleições e da minha candidatura. Nunca fui satanista. Sou cristão e temente a Deus", declarou ao assegurar que no governo petista serão mantidas as liberdades de expressão, religiosa e de crenças. "Diziam que quando eleito o presidente Lula fecharia as igrejas. Não foi o que aconteceu. Ele trouxe para o governo as ministras Marina Silva e Heloísa Helena, evangélicas."
Pouco antes de se reunir com lideranças políticas da região o candidato justificou a presença na convenção, um dia após a participação de Serra. "O voto dos evangélicos é um voto qualificado, formador de opinião. É o que se vê pelo número de pessoas que estão aqui e pelo que eles podem divulgar. Isso é muito importante para que possamos reverter a situação da Dilma no Paraná e nos demais estados do Sul." Quanto à formação do próximo governo, o peemedebista desconversou. "Primeiro precisamos ganhar as eleições. Depois discutiremos isso."
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