A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, se reuniu nesta quarta-feira (29), em Brasília, com lideranças católicas e evangélicas e reafirmou ser contra o aborto.
Caso seja eleita presidente, ela se comprometeu com as lideranças a não apresentar proposta de plebiscito para a legalização do aborto. "Sou a favor da valorização da vida. Eu já disse no debate da CNBB que sou pessoalmente contra o aborto. É uma violência contra a mulher", afirmou.
Segundo Dilma, durante a reunião, as lideranças pediram que o governo não tome iniciativas a favor do aborto. "Pediram que o Estado não seja autor de leis, que isso fique a cargo do Congresso Nacional. Me disseram que deixe ao Congresso a iniciativa".
Dilma defendeu entretanto, que mulheres que praticaram abortos em condições precárias possam ser atendidas pela rede pública de saúde. "Há mulheres que recorrem ao aborto em condições precárias. Elas precisam ser atendidas e cuidadas", afirmou.
A candidata também repudiou boatos de que teria dito que já está eleita. "Quero repudiar a afirmação que colocam na minha boca de que eu disse em algum momento que ganharia as eleições. É uma campanha difamatória, que afirma que eu disse em nome de Jesus que ganharia a eleição. Isso é uma falsidade. Eu sou cristã e jamais utilizaria o nome de Cristo em vão", afirmou. "Não podemos aceitar esse tipo de prática, não dialoga com a democracia", completou.
Dilma disse que pretende trabalhar em parceria com católicos e evangélicos nas áreas de saúde, educação e combate às drogas. A candidata afirmou que vai priorizar o "diálogo, parceria e colaboração com as igrejas cristãs" e disse ter "compromisso com a família".
Após a reunião com as lideranças católicas e evangélicas, Dilma caminhou lentamente até o local da entrevista pois estava calçando uma bota ortopédica. Ela disse que não poderia ficar muito tempo em pé para não forçar a musculatura. Dilma torceu o pé no início do mês ao fazer exercícios em uma esteira.
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