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A eleição de Dilma Rousseff foi muito comentada e comemorada na Bulgária, país onde nasceu o pai da nova presidente do Brasil, Pedro Rousseff. Durante toda a campanha eleitoral, Dilma virou centro das atenções no país do Leste Europeu. Fotos da ex-ministra quando criança, jovem e adulta ilustraram reportagens sobre a trajetória política de Dilma nos principais jornais do país – que vive um momento de grave crise econômica e política e viu na eleição do Brasil um motivo para orgulhar-se.

Ontem, após a eleição, nos sites noticiosos do país, foram publicadas várias reportagens sobre Dilma – desde a vitória até a biografia dela, além de matérias sobre os parentes da presidente eleita que vivem na Bulgária e uma entrevista com o jornalista Momchil Indzhov, primeiro profissional de imprensa búlgara que entrevistou Dilma.

Na principal reportagem do site Novinite, o mais importante da Bulgária, a informação é de que Dilma será a primeira presidente mulher do "quinto maior país do mundo em termos de território e população" e a "oitava maior economia global". Segundo a reportagem, a presidente foi eleita com a maioria dos votos dos mais pobres e da classe média.

Políticos da Bulgária também procuraram elogiar a eleição de Dilma para estreitar as relações com o Brasil e faturar em cima da popularidade da brasileira no país. "Gostaria de declarar nosso desejo e prontidão para reforçar e expandir nossas relações amistosas", afirmou o primeiro-ministro búlgaro Boyko Borisov em carta enviada ontem a Dilma. "Estou convencido de que uma cooperação mutuamente benéfica entre a Bulgária e o Brasil contribuirá para a melhoria das duas nações e para solidificar a paz e segurança no mundo."

O presidente Georgui Parvanov, inimigo político de Borisov, um dia antes já havia ido à imprensa para mostrar à população que uma "búlgara" havia obtido sucesso no exterior. Em uma carta à presidente eleita, ele convidou Dilma para que visite o país. "Seguimos a campanha com enorme interesse na Bulgária e sua eleição nos deu muito orgulho", disse.

Meio-irmão

A presidente eleita Dilma Rousseff é filha do imigrante búlgaro Petar Rusev (1900-1962), que mudou seu nome para Pedro Rousseff quando chegou ao Brasil, em 1929. Ao deixar a Bulgária, Petar abandonou em seu país uma esposa grávida de sete meses – a criança, um menino, Lyuben Rusev, nasceu e se correspondeu com Dilma durante sua vida (ele morreu em 2008). Já no território brasileiro, Pedro Rousseff se casou com a mãe de Dilma, uma professora mineira que também se chama Dilma. A família fixou residência em Belo Horizonte (MG) e o casal teve três filhos: Igor, que é advogado, Dilma e Zana, que já morreu. Pedro exerceu no Brasil as profissões de advogado e empresário da construção civil.

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