O crescimento da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, nas pesquisas fez ressurgir no PT uma briga que marcou os três primeiros anos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e opôs os então ministros Antônio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil). Agora envolvidos na campanha presidencial, ambos voltam a demarcar território no campo petista e emitem sinais de que o confronto será retomado se Dilma vencer. O ex-ministro da Fazenda é coordenador da campanha petista, na qual o ex-chefe da Casa Civil tem atuado nos bastidores.

CARREGANDO :)

Dirceu já disse a amigos que fará "tudo" para impedir que Palocci seja nomeado para a Casa Civil do novo governo. Não quer a volta ao governo do que, para ele, foi a visão fiscalista que marcou o início da gestão de Lula, quando a prioridade era economizar recursos para pagar a dívida pública.

Os dois desempenham papéis importantes na campanha. Atribui-se ao ex-chefe da Casa Civil a solução de situações embaraçosas para Dilma, como montagem de alianças regionais e a operação de desarme da crise do dossiê contra o tucano José Serra. Palocci é uma das pontes de Dilma com o empresariado, que o vê como "fiador" da confiabilidade da candidata e de freio a supostas pretensões de petistas tidos como radicais e socializantes.

Publicidade