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Eduardo Jorge: de 5 acessos a suas contas, dois não teriam tido motivo | André Dusek / AE
Eduardo Jorge: de 5 acessos a suas contas, dois não teriam tido motivo| Foto: André Dusek / AE

Consultor nega que PT tenha pedido verba para campanha

O consultor Rubnei Quícoli afirmou ontem nunca ter dito que o PT teria cobrado dinheiro para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência durante as negociações para um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Quícoli é um dos responsáveis pelas denúncias de tráfico de influência na Casa Civil que levaram à saída da ex-ministra Erenice Guerra do governo.

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Brasília - O vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pe­­reira, denunciou ontem que teve sua conta bancária acessada no Banco do Brasil (BB) de forma ilegal, sem que a instituição financeira tenha apresentado até agora justificativa para duas consultas. Para o dirigente tucano, isso demonstra que seu sigilo bancário foi quebrado. O Banco do Brasil divulgou nota negando a violação do sigilo do tucano.

Eduardo Jorge é um dos dirigentes do PSDB que tiveram seus sigilos fiscais violados pela Receita Federal, supostamente para a mon­­­­tagem de um dossiê que seria usado pelo PT na campanha eleitoral deste ano contra os tucanos. "Essas informações apenas confirmam que os acessos aos meus sigilos foram uma coisa organizada e or­­­questrada’’, disse Eduar­­­do Jorge.

Reportagem da Folha de S.Pau­­lo denunciou, em junho, que uma chamada "equipe de inteligência’’ da pré-campanha de Dilma Rous­­­seff (PT) à Presidência levantou dados fiscais e financeiros sigilosos do tucano. O grupo, segundo o jornal, obteve informações de uma série de três depósitos na conta de Eduardo Jorge no Banco do Brasil no valor de R$ 3,9 milhões, além de cópias de cinco declarações completas de seu Imposto de Renda.

No inquérito aberto pela Polícia Federal, o banco teria informado que a conta de Jorge foi acessada cinco vezes entre 2009 e 2010. Uma das consultas ocorreu numa agência em Maricá (RJ), em março passado. Foi nesse município que o tucano vendeu imóveis do espólio de seu sogro, o que justificou os depósitos de R$ 3,9 milhões. Esse acesso não teria tido, até agora, justificativa do banco, caracterizando violação de sigilo bancário.

Por meio de sua assessoria, o Banco do Brasil afirmou que todas as consultas à conta de Eduardo Jorge foram realizadas por profissionais autorizados para a tarefa. O banco negou que tenha havido violação dos dados.

Mas o vice-presidente do PSDB contesta dois dos acessos – Eduar­­­do Jorge teve acesso à investigação por ordem judicial. Em relação ao da agência de Maricá, ele diz que não há na resposta do banco à PF justificando a consulta.

Houve também outro acesso em março deste ano na agência em que Eduardo Jorge mantém conta em Brasília. Nesse caso, uma funcionária do banco gerou um relatório sobre uma suposta movimentação financeira atípica na conta do tucano. O relatório teria sido enviado para o Banco Central e o Coaf (Conselho de Controle de Ati­­­vidades Financeiras). Ele diz que não há cabimento na ex­­­­plicação do banco. Afirma que não houve em março nenhum tipo de depósito ou saque incomum.

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