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Livros sobre Marina e Serra são raros e difíceis de encontrar | Divulgação
Livros sobre Marina e Serra são raros e difíceis de encontrar| Foto: Divulgação

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Confira a lista de livros em que os candidatos foram retratados ou que foram escritos por eles. Alguns podem ser encontrados nas lojas virtuais das livrarias, mas a maioria é artigo raro.

IVAN PINHEIRO (PCB)

- "Bulgária - Apontamentos de Viagem", Editora Novos Rumos, de 1985

- "Atitude subversiva", Hiran Roedel (org); Editora Fundação Dinarco Reis; 2000

JOSÉ SERRA (PSDB)

- "O sonhador que faz", de Teodomiro Braga, Editora Record, 2002

- "Ampliando o Possível - a Política de Saúde do Brasil", Editora Hucitec, 2000

- "Orçamento no Brasil - as Raízes da Crise. Editora Atual, 1994

- "Parlamentarismo ou Presidencialismo?", José Serra e Outros, Editora Contexto, 1993

MARINA SILVA (PV)

- "Marina Silva", da coleção Fé e Política da Editora Salesiana; 2002

- "Marina Silva – Defending rainforest communities in Brazil", Editora The Feminist Press, da Universidade da Cidade de Nova Iorque, 2002

PLÍNIO SAMPAIO (PSOL)

- "O capital estrangeiro na agricultura brasileira", Editora Vozes, 1977

- "Construindo o Poder Popular", Editora Paulus, 1982

- "Educação Livre e Gratuita em Todos os Níveis", in: "Educação Brasileira", CNDCT, 1987

- "A Constituição de 88 e os Conflitos Sociais", in: "Que Brasil emerge da Constituição?", Editora Vozes, 1988

- "A Reforma Agrária na Constituição", in: "Cidadão Constituinte", Paz e Terra, 1989

- "O Brasil pode dar certo", Editora Paulinas, 1994

- "O ofício da Política", in: "O Protagonismo dos Leigos", Paulinas, 1994

- "Globalização e Cidadania", in: "Pensamento e Realidade", Edições Loyola, 1998

- "Do Brasil que temos ao Brasil que queremos", in: "Brasil 500 anos", Paulus, 1999;

- "Impunidade no Campo", in: "Flores para los muertos", Editora Vozes, 1999;

- "Dilemas e Desafios postos para a Sociedade Brasileira", Revista Estudos Avançados, IEA, 2000;

- "The role of alternative press in a globalized world", in: "Media and the Challenge of Globalization", Union catholique internationale de la presse, 2001;

- "Dilemmas and Challenges facing Brazilian Society", in: "Brazil Dillemas and Challenges", Edusp. 2002;

- "A Participação Popular na Constituinte", in: "Utopia Urgente", Casa Amarela, 2002;

- "Desafios da Luta pelo Socialismo" (Organizador), Editora Expressão Popular, 2002;

- "Desconstruindo o velho modelo", in: "Desenvolvimento, Subsistência e Trabalho Informal no Brasil", Editora Cortez, 2004.

- "O que é corrupção", Editora Paulus, 2010;

- "A dilemma and Challenges facing Brazilian Society", in "Brazil Dilemmas and Challenges", Editora USP, 2010.

- "Colheita da Fome" in "Leitura Indispensáveis 2", Aziz Ab’Saber (Org.), Ateliê Editorial, 2010.

RUI COSTA PIMENTA (PCO) - "O Que é o Trotkismo", Editora Causa Operária, 2000

- "Autópsia de uma Campanha de Calúnias", Editora Causa Operária, 2000

- "Em Defesa do Marxismo - as Tendências Trotskistas na Origem do PT", Editora Outubro, 1994

ZÉ MARIA (PSTU)

- "Os Sindicatos e a luta contra a burocratização", da Editora Sundermann, 2007

Livros considerados raros em sebos ou até mesmo que ainda serão lançados poderão ajudar quem busca saber mais sobre seis dos nove candidatos à Presidência da República. A relação das obras escritas pelos presidenciáveis ou sobre eles inclui biografias, relatos de viagens, análises políticas e ensaios sobre o futuro do país.

Levantamento do G1 confirmado pela assessoria dos candidatos localizou obras relacionadas a Ivan Pinheiro (PCB), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Plínio Arruda Sampaio (PSol), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU).

Não foram indicadas pelas assessorias obras ligadas a Dilma Rousseff (PT), José Maria Eymael (PSDC) e Levy Fidélix (PRTB). No caso de Dilma, uma biografia chegou a ser cogitada na pré-campanha, mas a ideia foi abandonada, segundo integrantes da equipe petista. Questionada pelo G1 desde maio, a assessoria da candidata não indicou qualquer obra ligada à ex-ministra já publicada.

Marina Silva não figura na lista dos escritores, embora cultive o hábito de escrever poemas e já tenha duas letras musicadas. Entretanto, a senadora acreana, de origem pobre e alfabetização tardia, já teve a vida contada em três biografias, de acordo com sua assessoria. A mais recente será ainda publicada em agosto pela Editora Mundo Cristão.

A escritora da obra ainda inédita "Marina – A Vida por uma causa" é a jornalista Marília de Camargo César, que trabalha como editora-assistente da área de projetos editoriais do jornal "Valor Econômico".

"Ela me surpreendeu positivamente. Diria que é uma pessoa que tem um sentido de missão. Ela luta pela vida", conta a jornalista, que começou o projeto no fim de 2008.

Cristã, assim como Marina, a escritora ressalta a importância da fé na vida da candidata e conta que o livro aborda com detalhes o momento de adesão de Marina à orientação evangélica. "Ela se converteu durante um processo de enfermidade, teve uma experiência meio mística", conta a escritora.

José Serra também tem a vida contada em uma biografia, "O Sonhador que faz", de Teodomiro Braga, lançada em 2002. Na lista de presidenciáveis, Ivan Pinheiro é outro que teve a vida retratada em livro: "Atitude Subversiva", de Hiran Roedel. "É um livro de trajetória, com fotos e documentos, porque não estou tão velho para uma biografia", brinca o candidato, que tem 64 anos. Marina tem 52 e Serra, 68 anos.

Plínio Sampaio, com seus 80 anos incompletos, prefere não pensar ainda em livro sobre sua vida, mas coleciona quase 20 títulos que escreveu sozinho ou para os quais contribuiu. A obra de Plínio pode ser dividida em livros de caráter mais acadêmico e outros com enfoque popular.

"A que gosto mais é a literatura popular, que pessoas com primário bem feito podem entender", disse. Com essa preocupação escreveu "O que é corrupção" e "Construindo o Poder Popular", entre outros.

O único relato de viagem entre as obras listadas é de Ivan Pinheiro, que em 1985 contou suas impressões sobre a Bulgária, país que esteve sob a influência da ex-União Soviética após a Segunda Guerra Mundial e cujo governo comunista terminou em 1990.

"Achava que ali não tinha risco de restauração capitalista. Do ponto de vista do prognóstico eu errei e me decepcionei", avalia. Apesar disso, mantém a convicção ideológica. "O erro não estava no socialismo, mas na forma como ele estava sendo conduzido", explica. Pinheiro espera lançar em agosto uma coletânea de artigos.

Troca de livros

Se a leitura é uma opção válida para eleitores conhecerem seus candidatos, é também opção até mesmo para companheiros de chapa se entrosarem. Recentemente, Serra e o deputado federal Índio da Costa (DEM), escolhido para vice do tucano, trocaram livros escritos por eles próprios.

De acordo com a assessoria de Indio, dois dias após a indicação, Serra presenteou o vice com seus livros "Ampliando o Possível", "Orçamento no Brasil", "Reforma Política no Brasil" e "Sonhador que Faz". Por sua vez, Indio deu para Serra na quinta-feira (8) o livro "A Reforma do Poder e Administração Pública no Século XXI", escrito pelo deputado.

O G1 solicitou entrevistas tanto com Serra, Dilma e Marina, mas não teve os pedidos atendidos até a publicação desta reportagem. No caso do presidenciável tucano, a reportagem localizou outros títulos que seriam assinados pelo tucano, mas não recebeu confirmação da equipe de Serra.

Conhecer mais

Candidatos e escritores não apontam a bibliografia como fator definidor de votos, mas destacam sua importância na elaboração das escolhas. "Não acho que [o candidato] precisa ser um literato. Um governante precisa ter outros parâmetros, mas um governante precisa ter um pensamento bem expresso", defende Plínio Sampaio.

Para Ivan, a propaganda política limita a compreensão dos candidatos. "O eleitor deveria se preocupar mais com a trajetória de cada um. Os candidatos são vendidos como produtos pelos marqueteiros, eles não vão dizer o que pensam, mas o que os marqueteiros estudaram em pesquisas de qualidade."

A escritora que biografou Marina defende posição semelhante. "É importante conhecer um pouco mais da história na qual você talvez vá depositar um voto. É muito importante saber quem fez a cabeça dessas pessoas, quais são as grandes influências, como é a família, como essa pessoa se relaciona com os mais próximos", afirma. "No final, tenho a consciência de que é uma minoria que tem acesso [aos livros], mas é bastante importante se munir", define.

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