Os candidatos Dilma Rousseff e José Serra têm conhecimento das ações consideradas necessárias para melhorar a educação. No Dia do Professor, em 15 de outubro, eles receberam a "Carta-compromisso pela garantia do direito à educação de qualidade", elaborada por 27 entidades.
As prioridades listadas são quatro: ampliação adequada do financiamento da educação pública; implantação de ações concretas para a valorização dos profissionais; promoção da gestão democrática; e aperfeiçoamento das políticas de avaliação e regulação.
Para avançar em pontos específicos, quem for eleito terá de fazer muito mais do que seus antecessores. O movimento pede a superação do analfabetismo entre os maiores de 15 anos, que ainda está na faixa dos 10%, de acordo com dados do IBGE de 2008. A redução tem sido tímida desde os anos FHC, e foi ainda menor na gestão petista. Entre 1995 e 2002, a redução média anual do analfabetismo foi de 0,46 ponto porcentual, contra 0,2 entre 2003 e 2008.
O governo Lula também tem visto uma redução no número de matrículas no ensino fundamental causado, em grande parte, pela redução da natalidade e, segundo o governo federal, pela redução na taxa de repetência.
Mesmo assim, as conquistas recentes são elogiadas principalmente pelos investimentos em qualificação. O número de professores de pré-escola e do ensino fundamental com graduação completa cresceu bem mais na gestão petista do que na tucana.
"O governo de FHC teve o mérito de estipular os parâmetros curriculares e os temas transversais para serem tratados na escola. Mas não deu a estrutura necessária para isso. No governo Lula, os ganhos são reais", diz a doutora em educação Araci Asinelli, professora da UFPR. Ela afirma que a formação e reconhecimento do profissional da alfabetização de jovens e adultos foi muito importante, pois na gestão tucana essa função era suprimida por voluntários, pelo programa Amigos da Escola.
O acesso ao ensino superior também aumentou nos últimos anos, por meio do ProUni, que concede bolsas integrais e parciais para estudo nas instituições privadas. De 2005, quando foi criado, até agora, cerca de 750 mil pessoas foram beneficiadas. "Esse é um outro programa que está mudando a face deste país", afirma Solange Fernandes, professora da PUCPR e doutora em serviço social.
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