A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, acusou nesta terça-feira o seu adversário José Serra (PSDB) de baixar o nível da campanha e insinuou que ele e a oposição quiseram que o Brasil fracassasse nestes dois mandatos do governo petista.
Dilma fez uma declaração breve neste feriado de 7 de Setembro e respondeu a poucas perguntas de jornalistas, alegando rouquidão decorrente da agenda intensa de sua campanha eleitoral.
"Ele resolveu baixar o nível. Ele que fique com o nível baixo dele", disse a petista, ao ser questionada sobre a propaganda eleitoral do tucano, que neste sábado afirmou que Dilma "engana" o eleitor. O programa tucano usou, em um dos exemplos para atacar a petista, imagem de hospital mostrado como modelo na propaganda de Dilma para dizer que ali não há médicos.
"Tem gente que passou o governo Lula torcendo para que o Brasil desse errado", afirmou. Questionada se já se considerava eleita, Dilma respondeu qualquer candidato só pode se considerar presidente após a apuração das urnas em 3 de outubro.
Na sua "declaração institucional", Dilma escolheu falar sobre a soberania do Brasil e lembrou o pagamento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) como uma das principais conquistas da gestão Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ninguém respeita devedor. O Brasil hoje não é devedor, o Brasil é credor (do FMI)", disse. O Brasil anunciou no ano passado empréstimo de 10 bilhões de dólares ao fundo.
"Nós rompemos com a tutela do FMI", acrescentou a candidata, argumentando que o país dependia da instituição até para definir o salário mínimo.
Clima e super-ricos: vitória de Trump seria revés para pautas internacionais de Lula
Nos EUA, parlamentares de direita tentam estreitar laços com Trump
Governo Lula acompanha com atenção a eleição nos EUA; ouça o podcast
Pressionado a cortar gastos, Lula se vê entre desagradar aliados e acalmar mercado
Deixe sua opinião