Segundo o presidente da TV Educativa, Marcos Batista, a comunidade tem interesse em saber, pela emissora estatal, sobre os atos do governo do estado. Na sua avaliação, durante a gestão de Roberto Requião (PMDB) a emissora se comportou como estatal, de prestação de serviços, e que o que se falava na "Escola de Governo" era de responsabilidade do próprio governador.
"Quem o conhece sabe que ele, quando acredita que determinadas coisas políticas, administrativas, na visão dele, naquele determinado momento representam problemas ao estado, se manifesta", afirma Batista. "Como eram programas ao vivo, ele se manifestava no do programa de tevê que estava sendo exibido. A responsabilidade do que se falava ali era dele como governador e como autoridade que tinha para falar de determinados assuntos."
O governo do estado investe cerca de R$ 20 milhões por ano na emissora. Batista diz que a tevê estatal está no caminho para se filiar à rede da TV Brasil. Segundo ele, o processo será agilizado passadas as eleições. Uma das vantagens, caso a filiação ocorra, será a formação de um conselho de programação formado por membros da sociedade. "A criação do conselho de programação implicará em proposta de programas a partir da orientação de políticas públicas", explica Batista. Segundo ele, as emissoras públicas precisam de vibração, qualidade, tecnologia, independência financeira, capacitação permanente de pessoal e bons salários.
Outros pontos positivos com a filiação à rede da TV Brasil seriam ampliar a possibilidade de discussão de alguns programas e tornar-se mais autossuficiente, afirma Batista. "Somos uma autarquia. Não temos como fazer televisão com agilidade que às vezes pensamos em fazer", diz o presidente da emissora. (BMW)
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