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As enchentes que atingiram os Estados de Alagoas e Pernambuco no mês passado - e deixaram mais de 50 mortos - ameaçam as eleições deste ano em 29 municípios. As chuvas destruíram os locais de votação, como escolas. Muitos dos eleitores perderam todos os documentos pessoais, incluindo título de eleitor e carteira de identidade. Em alguns municípios, não há energia elétrica para que as urnas eletrônicas possam funcionar. O risco é de que os mais de 520 mil eleitores dessas cidades fiquem sem votar.

Se isso ocorrer, o resultado das eleições será afetado. Em Pernambuco, 4,35% do eleitorado mora nas cidades atingidas. Em Alagoas, o porcentual é de 12,34%. Mais do que influenciar no resultado das eleições, diz o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , ministro Ricardo Lewandowski, o risco é de que os moradores dessas regiões sejam privados de exercer um direito fundamental.

Para contornar a situação e garantir a realização das eleições nesses municípios, o TSE prepara uma operação emergencial. "Teremos uma eleição numa praça de guerra", definiu o presidente do órgão, que visitou as cidades atingidas. "Nosso desafio é garantir que todos os eleitores dessas cidades possam votar", acrescentou.

O Exército montará tendas nas cidades para substituir os locais de votação destruídos pelas enchentes. O TSE se encarregou de mandar baterias especiais para ligar as urnas eletrônicas. A Força Nacional de Segurança e o Exército farão a segurança. A Justiça Eleitoral emitirá novos títulos de eleitor. E as secretarias de segurança pública se comprometeram a acelerar a emissão de novas carteiras de identidade.

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