Depois de cerca de quatro horas de depoimento, a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, deixou, sem falar com a imprensa, a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, por volta de 13h30 desta segunda-feira (25). Erenice foi apontada em reportagem da revista "Veja" em setembro de participar de um suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil, onde ela ocupou os cargos de secretária-executiva e ministra-chefe.A Capital Consultoria, empresa comandada por filhos da ex-ministra, intermediaria negociações de empresas com o governo por meio da facilitação de contratos. O advogado de Erenice Guerra, Mário de Oliveira Filho, encaminhou na semana passada à PF um pedido para que o depoimento fosse adiado. Segundo ele, a intenção era que Erenice fosse a última pessoa a ser ouvida na investigação, pois é apontada como principal acusada.
Segundo a assessoria da PF, Erenice depôs como testemunha e respondeu a todas as 100 perguntas do delegado que preside o inquérito, Roberval Vicalvi, o que resultou em nove páginas de depoimento. Ela colocou todos os sigilos à disposição da Polícia Federal e ao final da oitiva ela não foi indiciada.
A ex-ministra foi ouvida 41 dias após o início das investgações. Cerca de 20 testemunhas já prestaram depoimento na PF sobre o caso.