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A ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra presta depoimento na manhã desta segunda-feira (25) na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Erenice foi apontada em reportagem da revista "Veja" em setembro de participar de um suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil, onde ela ocupou os cargos de secretária-executiva e ministra-chefe. A assessoria da PF informou que o depoimento da ex-ministra começou às 9h30.

A Capital Consultoria, empresa comandada por filhos da ex-ministra, intermediaria negociações de empresas com o governo por meio da facilitação de contratos. O advogado de Erenice Guerra, Mário de Oliveira Filho, encaminhou na semana passada à PF um pedido para que o depoimento fosse adiado. Segundo ele, a intenção era que Erenice fosse a última pessoa a ser ouvida na investigação, pois é apontada como principal acusada.

O jornalista Amaury Ribeiro Jr. chegou à PF por volta das 9h30 para prestar depoimento no inquérito que apura a quebra de sigilo fiscal de dirigentes do PSDB e de pessoas ligadas ao candidato José Serra. A oitiva estava marcada para começar às 10h.

Segundo a Polícia Federal, ele já foi ouvido no último dia 13 de outubro em São Paulo. Em junho, Ribeiro Jr. foi citado como participante de um grupo ligado à pré-campanha de Dilma Rousseff, que teria sido responsável por tentar organizar um esquema para espionar adversários e rivais petistas.

Jornalista investigativo vencedor de três prêmios Esso, um dos principais do jornalismo brasileiro, Ribeiro Jr. diz ter sido sondado para trabalhar na pré-campanha de Dilma pelo jornalista e consultor Luiz Lanzetta, dono da Lanza. Até junho, a Lanza respondia pela comunicação da pré-campanha de Dilma, tendo sido conduzida à função por Pimentel, amigo de Lanzetta.

O objetivo único do trabalho, diz Ribeiro Jr., era identificar a fonte de vazamentos de informações dentro de um dos QGs da pré-campanha, uma casa no Lago Sul de Brasília. Afirma que o conteúdo de conversas em reuniões fechadas estava chegando à imprensa, municiando reportagens prejudiciais a Lanzetta, a Pimentel e ao chamado grupo mineiro.

Ribeiro Jr. diz então ter contatado Idalberto Matias, o "Dadá", ex-agente do serviço secreto da Aeronáutica e "amigo de muitos anos", para ajudar na tarefa. Dadá, afirma, o apresentou ao delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo das Graças Sousa.

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