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Veja a representatividade do Paraná em outros tribunais superiores |
Veja a representatividade do Paraná em outros tribunais superiores| Foto:

Qual é o caminho? - Anderson Furlan, presidente da Apajufe

"É preciso diálogo e carisma"

O governador, representando todos os paranaenses, não só pode como deve ter boas relações e abrir todos os canais de comunicação possíveis com todos os Poderes, sempre com o objetivo de trazer benefícios ao estado. Isso vai desde a pura articulação política, como foi exigido para solucionar a multa do Banestado, até a atuação para influenciar as questões de relevância que tramitam no Congresso, como a reforma tributária. O governo deve elaborar convênios com o Executivo, visando melhorar a saúde, segurança e infraestrutura, e também buscar, por conta própria, convênios com outros países e agências financiadoras. É preciso um bom trânsito e visão ampla do cargo que exerce, o qual não deve estar alinhado com os interesses partidários, mas sim com o interesse maior de todos os paranaenses. A função institucional do próximo governador é de extrema importância e deve ter um caráter apartidário. Mas também é preciso muito carisma. Basta ver a abertura e o reconhecimento que o presidente Lula vem obtendo no cenário internacional.

Assim como no Judiciário, o espaço conquistado pelos paranaenses no Congresso Nacional é quase nulo. Desde o início do período republicano, em 1889, nenhum político daqui assumiu a presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado. Dos 43 que atuaram na chefia da primeira Casa e dos 40 da segunda, houve representantes de estados menos populosos, como Alagoas, Piauí, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de Santa Catarina.

No Tribunal de Contas da União (TCU) a situação é parecida. Dos 97 ministros que já atuaram no órgão, apenas dois eram paranaenses – desempenho mais fraco do que o de unidades da federação com menor importância econômica. Goiás (três), Maranhão (três), Rio Grande do Norte (quatro) e Paraíba (sete) tiveram mais representantes.

No Congresso, o desprestígio ocorre dentro das estruturas partidárias. "O Congresso tem um critério regimental para indicar os presidentes, que é o da maior bancada. Mas dentro dos partidos há espaço para políticos de estados mais pobres ou com pouca influência assumirem", explica o analista político Marcos Verlaine, do Departamento Inter­sin­dical de Assessoria Par­la­mentar (Diap).

Atualmente, o Paraná também não conta com nenhum representante na Mesa Diretora da Câmara ou do Senado. De acordo com Verlaine, o Paraná tem parlamentares de destaque com qualificação para assumir mais postos-chave no Par­­lamento. "Há bons quadros tanto na situação como na oposição."

De acordo com a edição do "Cabeças do Congresso" 2009, organizado pelo Diap, há seis paranaenses entre os cem parlamentares mais influentes. O Paraná fica atrás apenas de São Paulo (21), Rio Grande do Sul (11), Pernambuco (9) e Rio de Janeiro (8).

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