O próximo governador precisará trabalhar para aumentar o salário dos professores, ampliar o número de profissionais na área de educação, melhorar a estrutura das escolas públicas e reduzir a quantidade de alunos por sala de aula. Esses pontos fazem parte do caderno de reivindicações que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) entregará no dia 10 de setembro aos candidatos ao governo do estado.

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"É muito diferente uma 5.ª série com 25 ou com 20 alunos, de uma com 40. Esse é um ponto nevrálgico que nós precisamos que o próximo governador assuma com veemência e resolva", diz a presidente da APP-Sindicato, Marlei Fernandes de Carvalho.

Ela afirma que os professores da rede estadual de ensino estão sobrecarregados de trabalho, e isso motivaria o afastamento dos profissionais. "Não podemos trabalhar na situação que nos encontramos hoje. Se o próximo governador não mexer nesse ponto, eu não sei o que será da nossa categoria para o futuro", comenta.

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Salário

A melhoria dos salários é outra reivindicação dos professores. Nesse questão, a situação dos professores do Paraná é pior quando considerados os dados dos municípios. Se­­gundo estudo divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2008, enquanto a média dos professores da rede estadual do Paraná era de R$ 1.991, a dos profissionais das redes municipais era de R$ 1.173.

"É preciso ter políticas públicas claras para garantir ao professor o salário definido por lei em todo o Paraná. Se você andar pelos municípios, as pessoas não estão ganhando nem o mínimo que estabelece a categoria", comenta a professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Ednéia Poli, doutora em Educação pela Universidade de Campinas (Unicamp).

Como outra prioridade para a educação no estado, Ednéia coloca a necessidade de se dar melhores condições de trabalho para os professores, melhorando a estrutura física das escolas e com atenção à manutenção dos prédios. "O estado precisa olhar muito para as condições das escolas. Há aulas sendo dadas em porões de igrejas. Isso ainda acontece no Pa­­­raná", comenta Ednéia, ao lembrar que não são raras as notícias de escolas que ainda sofrem com estruturas precárias no estado.

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