![BR-277: pista simples, risco constante Rafael Bertaioli mostra o que sobrou de seu carro depois de um acidente na BR-277: duplicação da rodovia não tem prazo para sair do papel | Albari Rosa / Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2010/09/081896654d5e057eba64c1008206bd47-gpLarge.jpg)
Rafael Francisco Bertaioli, 34 anos, é gerente de uma transportadora e administra 50 veículos de carga. Em dez anos como motorista de caminhão, viajou por todo o Brasil sem nunca se envolver em um acidente. Mas sempre existe a primeira vez. Em um início de tarde quente em Cascavel, quando ia para casa almoçar, o Clio dirigido pelo gerente foi atingido por um caminhão caçamba desgovernado, no cruzamento da BR-277 com as BRs 369 e 467. "Eu vi o caminhão vindo e só acordei no hospital", lembra. O veículo foi prensado contra uma caminhonete, logo à frente. Graças ao airbag, Bertaioli pôde contar os detalhes do acidente três dias depois, com dois cortes pequenos na cabeça.
O gerente quase perdeu a vida em um trecho da BR-277 que precisa de mudanças uma delas evitar que apenas um semáforo regule o trânsito em três grandes rodovias. A principal, no entanto, é a duplicação da pista. Um grupo com cerca de 20 entidades civis e sindicatos organizou o movimento "Duplicar pela vida", que defende a duplicação da rodovia de Medianeira a Ponta Grossa, passando por Cascavel e Guarapuava.
A maioria desse trecho é administrado pela concessionária Ecocatarata. A concessionária informou ter duplicado 42,5 quilômetros entre São Miguel e Medianeira desde que assumiu a BR-277, em 1997. Se depender de um contrato assinado com o governo do estado em 2004, no entanto, o restante da duplicação não sai. Em nota, a Ecocataratas informou que "atualmente, obras de ampliação de capacidade como a duplicação de rodovias não fazem parte das obrigações da concessionária. Por meio de um contrato preliminar assinado com o governo do Paraná, em 2004, todas estas obras foram retiradas do contrato de concessão em função de uma redução da tarifa, o que restou confirmado via sentença judicial." "Estamos pagando há 12 anos por uma coisa que não existe", define Rafael. O principal motivo para a sociedade reivindicar a duplicação é a segurança, mas a medida também traria ganhos econômicos para todo o estado. A BR-277 corta todo o Paraná, de Foz a Paranaguá, e é o principal corredor de transporte estadual. A duplicação diminuiria os custos e o tempo das viagens. "Entre Medianeira e Paranaguá, temos de pagar pedágio de R$ 433,30 para um bitrem. É um absurdo", diz o transportador Oscar Agostinetto, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte do Oeste do Paraná (Sintropar). "Além de duplicar a BR-277 é preciso ir mais além. O próximo governo tem de rediscutir o modelo de pedágio."
-
Risco de bandeira vermelha: conta de luz pode ficar ainda mais cara nos próximos meses
-
Ranking que classificou Kamala como senadora mais esquerdista em 2019 é retirado do ar
-
Maduro faz nova ameaça e é chamado de bolsonarista pela mídia; acompanhe o Sem Rodeios
-
Filho de Levy Fidelix é apontado como favorito para vice de Pablo Marçal
Deixe sua opinião