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A concentração do atendimento em Campo Mourão leva as pequenas cidades da Região Centro-Oeste a manterem apenas alguns médicos na cidade para prestar o atendimento básico. Ou­­tros casos são encaminhados para Campo Mourão. "Isso é gravíssimo. Se tem uma emergência, tem que botar a pessoa em uma ambulância e trazer para Campo Mou­­rão. Mas não é UTI Móvel, é uma ambulância fuleira", revolta-se a coordenadora Maria José do Nascimento, da Coor­­de­­na­­doria das Associações Comer­­ciais e Empresariais da Região de Campo Mourão. A reportagem flagrou até ônibus escolares transportando pacientes.

Com mais investimentos em saúde, a capacidade de atendimento dos hospitais cresceria, o que poderia reduzir as demoras. "Nossa vontade é ampliar o raio-x. A gente quer ter aqui também um tomógrafo", conta a co­­or­­de­­­­­­nadora do Con­­sórcio Inter­­mu­­ni­­ci­pal de Sáude, Nilda Batista da Silva. A principal necessidade, no entanto, é descentralizar o con­­sórcio, com a construção de unidades de atendimento especializado em cidades menores. Uma das propostas é construir um novo posto de atendimento em Ubiratã, o que aliviaria a situação em Campo Mourão. É aí que os custos entram em campo. "Para os municípios pequenos não seria viável. O consórcio é mais barato. Aqui, uma consulta de especialidade custa R$ 12", diz Nilda. Ela espera ver uma injeção de recursos estaduais no caixa do consórcio, que arrecada cerca de R$ 450 mil por mês para atender cerca de 300 mil pessoas.

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