A terceira pesquisa Ibope/RPC divulgada ontem confirmou o fortalecimento da candidatura de Gleisi Hoffmann (PT) ao Senado. A petista cresceu 5 pontos porcentuais desde o último levantamento, publicado em 27 de agosto, passando de 42% para 47%, e já aparece empatada tecnicamente com Roberto Requião (PMDB) na liderança. O peemedebista se manteve estável no período, permanecendo com 50% das intenções de voto a margem de erro é de 3%.
Gustavo Fruet (PSDB) segue na terceira posição, agora com 21%, um a mais do que tinha na pesquisa anterior. Ricardo Barros (PP) também oscilou 1 ponto, passando de 14% para 15%.
"[O levantamento] demonstra um crescimento consistente. É estimulante, mas a comemoração de fato apenas depois do resultado das urnas, em 3 de outubro", comentou Gleisi, evitando criar uma disputa interna dentro da chapa pela primeira colocação. "Meu objetivo é ganhar a eleição, não importa em qual lugar", emendou ela, cuja campanha é a mais cara entre os candidatos ao Senado a petista gastou até o momento R$ 3,3 milhões, três vezes mais do que os concorrentes juntos.
Até o fechamento desta edição o ex-governador Roberto Requião não havia retornado os pedidos de entrevista.
Do outro lado, Barros e Fruet seguem confiando de que o alto número de indecisos ainda pode resultar em uma virada de última hora. "Não há abatimento. O Flávio Arns [senador e candidato a vice-governador pelo PSDB] aparecia com 2% nas pesquisas e nos últimos 10 dias consolidou sua vitória", ressaltou Barros, descartando mudanças radicais na campanha. "Há um espaço muito grande a ser conquistado", acrescentou Fruet, em discurso ontem à noite em Guarapuava.
Efeito Lula
A amostragem, realizada entre os dias 6 e 8 de setembro, já leva em consideração a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no comício de Gleisi e Requião em Foz do Iguaçu, na quinta-feira da semana passada. "Onda Lula" que, de acordo com o cientista político Ricardo Costa de Oliveira, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ajudou a impulsionar a candidatura da petista. "Essa tendência de crescimento da Dilma [Rousseff, candidata do PT à Presidência], levada pela popularidade do Lula, demorou um pouco para chegar ao Paraná por causa dos arranjos locais, mas agora os efeitos começam a ser sentidos", afirmou ele, classificando como "muito difícil" uma derrota de Requião e Gleisi. "Os outros dois [Fruet e Barros] dificilmente passarão da casa dos 20% porque dividem o mesmo eleitorado", disse.
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