O governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), que tenta a reeleição, votou hoje na sessão eleitoral que funciona no Iate Clube Pajuçara, na orla de Maceió. Apesar do equilíbrio da disputa com seu adversário, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), Vilela, que leva ligeira vantagem nas pesquisas de boca de urna, disse estar confiante na vitória. "O povo reconheceu as mudanças profundas pelas quais Alagoas está passando, com melhora da qualidade de vida das pessoas e o resgate da credibilidade do Estado", afirmou.

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A votação foi tranquila durante a manhã em Alagoas, com poucos incidentes. Lessa votou às 10h30 no Ginásio Eduardo Mota Trigueiros, no bairro do Poço. Com 3,2 milhões de habitantes, Alagoas tem cerca de 2 milhões de eleitores, distribuídos em 102 municípios. Em nove deles, a Justiça Eleitoral enviou tropas federais para reforçar a segurança, feita por um total de 7 mil homens das policias Civil e Militar, do Exército e da Força Nacional de Segurança Públicas. São locais com tradição de violência política e com incidência elevada de fraudes.

A disputa foi muito acirrada e registrou equilíbrio nas preferências do eleitorado na reta final da campanha. Vilela, que terminou o primeiro turno em primeiro lugar, registra 52% das intenções de voto na última pesquisa, feita pelo Ibope ontem contra 48% de preferência para Lessa. A diferença de 4 pontos porcentuais está dentro da margem de erro e nenhum dos dois está cantando vitória com segurança. O equilíbrio deveu-se em parte ao apoio ostensivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Lessa.

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Apesar disso, Vilela demonstrou segurança na vitória. "Alagoas finalmente entra num ciclo de desenvolvimento econômico e social e o povo alagoano entendeu isso", observou. "Eu tenho muita confiança de que no segundo turno também teremos vitória, a partir da confiança que o povo tem num governo sério, transparente, um governo que leva o Estado para adiante". Vilela chegou ao local de votação em companhia do seu vice, o ex-deputado José Thomaz Nonô (DEM) e do senador eleito Benedito de Lira (PP), que terminou o pleito com quase 1 milhão de votos e superou o principal chefe político do Estado, Renan Calheiros (PMDB), que ficou com a segunda vaga de senador.

Vilela reconheceu que em vários momentos a campanha descambou para a baixaria e o debate em torno de propostas deixou a desejar, mas pôs a culpa no adversário. "Ele procurou o tempo todo desviar a discussão para outro campo que não fosse o das propostas, da prestação de contas", afirmou. "Isso diminuiu, para a população, alguns esclarecimentos que precisaram ser feitos, mas eu prestei contas, esclareci, mostrei um projeto em que o povo confia", garantiu.