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Os temas sociais e a coerência política foram dois dos temas mais cobrados pelos alunos durante o debate de ontem na Universidade Positivo. Na área política, por exemplo, a defesa de Dilma Rousseff (PT) e de José Serra (PSDB) por parte dos candidatos foi alvo de várias perguntas.

Gustavo Fruet, por exemplo, foi cobrado sobre a suposta linha "neoliberal" de seu partido, em função dos atos de governo de Fernando Henrique Cardoso e de Serra. Fruet repudiou o rótulo e garantiu que o PSDB é um partido da social democracia, que não é privatista e que defende os interesses do Estado. Afirmou que a posição do governo FHC se deveu a um período histórico, que seria diferente da situação encontrada por Lula.

Gleisi Hoffmann respondeu a uma pergunta igualmente dura, sobre o passado de Dilma Rousseff. A pergunta formulada falava na "ficha criminal" da candidata do PT à Presidência. Gleisi respondeu afirmando que Dilma não tem ficha criminal e que teve uma postura corajosa ao enfrentar a ditadura militar. "O que se diz na internet é um crime. É o mesmo que se fez contra o Lula em 2002, quando diziam que empresários iriam fugir do país, que o Lula ia dividir a casa das pessoas, que quem tinha quatro quartos ia ficar só com dois."

Roberto Requião foi cobrado mais uma vez sobre a sua aliança com Osmar Dias, de quem foi adversário na última eleição, em 2006. "A minha vida e a do Osmar não começou ontem. Ele foi o coordenador da minha primeira campanha, foi meu secretário da Agricultura. No Senado, nossos votos coincidiram 100% em assuntos que implicavam justiça social", afirmou. Segundo ele, na eleição passada Osmar teve apoio "do grupo de Jaime Lerner", mas agora é a melhor opção para continuar as políticas sociais de seu governo.

Ricardo Barros recebeu uma pergunta sobre a história de seu partido. "É verdade que seu partido é o mesmo da Arena e do PDS de Paulo Maluf?", dizia a pergunta. O deputado concordou simplesmente, dizendo que o PP realmente é um dos partidos que surgiu da Arena (partido que dava apoio à ditadura militar entre 1966 e 1985).

Na área social, Ricardo Barros foi perguntado sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Respondeu que o estatuto, atualmente, não protege as crianças. "Pelo contrário, expõe os menores ao crime, por permitir que eles participem de ações criminosas com punições pequenas. Com isso, estariam na mira de quadrilhas interessadas em ter menores de idade em quem jogar a culpa de seus atos."

Mais de uma vez foram apresentadas perguntas sobre a situação dos homossexuais, especialmente quanto à adoção por casais gays e à possibilidade de união civil de pessoas do mesmo sexo. Gustavo Fruet afirmou que o tema é eminentemente jurídico e que os tribunais têm se posicionado favoravelmente a essas possibilidades. Gleisi disse que a união civil é um avanço, mas que a adoção é um tema diferente, porque a sociedade pode não estar preparada para isso.

Roberto Requião respondeu à mesma pergunta. "Eu não acredito que no estágio de evolução do nosso processo civilizatório seja bom para a criança a adoção por um casal homossexual hoje", disse. Sobre declarações polêmicas que deu recentemente em relação a homossexuais, declarou que "humor não se explica". "Ou se ri, ou não se ri", disse.

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