![Jarbas, Simon e Luiz Henrique devem migrar para a oposição Pedro Simon rompeu com o governo Lula e deverá permanecer na oposição.Luiz Henrique (direita), eleito senador, pediu votos para Serra em Santa Catarina | Rodolfo Bührer e Daniel Castellano/Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2010/11/5e2db0d5d1525607b1d8c93f2d32d3c8-gpLarge.jpg)
Governo terá maioria na Câmara e no Senado
Trezentos e noventa e cinco deputados federais, 60 senadores e 16 governadores. Esse é o provável tamanho do "exército" que passará a blindar Dilma Rousseff (PT), eleita ontem presidente da República com 56% dos votos válidos, 12 pontos a mais do que o adversário, o tucano José Serra.
Se o discurso realmente se transformar em ações práticas, a bancada de apoio a Dilma Rousseff (PT) no Senado poderá sofrer quatro baixas antes mesmo de a substituta de Lula assumir o Palácio do Planalto, o que derrubaria o número de aliados de 60 para 56. São os chamados parlamentares independentes. Candidato derrotado ao governo de Pernambuco, Jarbas Vasconcellos (PMDB) só aceitou a tarefa para poder dar palanque a José Serra (PSDB) no estado. Luiz Henrique da Silveira, eleito senador por Santa Catarina, também do PMDB, engrossou a campanha do tucano, pedindo voto nos dois turnos da eleição Serra venceu com uma margem considerável em Santa Catarina (56% a 43%). O mesmo raciocínio vale para o gaúcho Pedro Simon (PMDB), que rompeu com a situação ainda durante o governo Lula. A senadora eleita Ana Amélia Lemos (PP-RS), que se declarou pró-Serra, fecha o grupo de possíveis dissidentes. O que, na avaliação da cientista política Maria do Socorro Braga, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior paulista, não alteraria muito o panorama da governabilidade. "O número de aliados é significativo. Sem contar o poder de atração do governo", diz.
Maria do Socorro, porém, faz uma ressalva em relação ao comportamento do PMDB, principal legenda aliada. Segunda ela, lembrando especificamente dos casos de Vasconcellos e Simon, os peemedebistas já demonstraram que nem sempre mantêm um comportamento homogêneo nas votações. "Nem todo mundo é unido. Vai depender da matéria, se o assunto é polêmico ou não", explica.
Outro ponto ressaltado pela cientista política se refere ao Partido Verde de Marina Silva que, em tese, comporia com a situação na Câmara, já que integra atualmente a base de sustentação do governo Lula o PV não tem representatividade no Senado. "Esse grupo da Marina ganhou visibilidade, musculatura. Vai tentar ser mais propositivo e marcar posição", avalia. (CEV)
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