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Em cumprimento a uma ordem judicial, fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) apreenderam ontem cerca de 92 mil panfletos de propaganda eleitoral considerados irregulares em um comitê da campanha de Osmar Dias, candidato ao governo do Paraná pelo PDT.

A ordem de busca e apreensão, cumprida pela 2.ª Zona Eleitoral do TRE, foi solicitada à Justiça pela coligação do principal adversário de Osmar, o tucano Beto Richa – em mais um capítulo da guerra judicial que os dois começaram a travar nos últimos dias.

O conteúdo da decisão judicial, ao contrário de outras sentenças da Justiça Eleitoral, não foi divulgado no site do TRE na internet. Mas a apreensão foi confirmada por Sandro Ferreira Pinto, assessor da 2.ª Zona Elei­­­­toral.

De acordo com Ferreira Pinto, foram feitas buscas em nove comitês do pedetista. A propaganda declarada irregular foi encontrada no comitê localizado no bairro Alto da XV, em Curitiba.

Depois da apreensão, a coligação de Osmar foi intimada para que não distribua os panfletos, disse o assessor da Justiça Eleitoral. Caso haja descumprimento da decisão, Osmar está sujeito a multa de R$ 300 mil.

Ferreira Pinto não soube informar qual era o conteúdo dos panfletos, mas disse que eles citavam o jornal Gazeta do Povo. Segundo a coligação do candidato Beto Richa (PSDB), os panfletos adulteravam uma pesquisa do Ibope, inventavam números e invertiam posições para sugerir a liderança de Osmar na campanha eleitoral.

O panfleto traria ainda trechos da coluna do jornalista Celso Nascimento, da Gazeta do Povo, no qual foi apresentado uma projeção estatística do resultado das eleições com base em pesquisas divulgadas anteriormente. A Justiça Eleitoral considerou o conteúdo da coluna irregular ao projetar um resultado eleitoral. O jornal recorreu da decisão e divulgou ontem nota de repúdio ao uso de seu conteúdo jornalístico com finalidade político-eleitoral.

Já o advogado Luiz Fernando Pereira, da campanha de Osmar, informou que os panfletos foram produzidos e impressos no momento em que a condenação ainda não havia sido dada à Gazeta do Povo. O coordenador de im­­­­prensa e mídia digital da campanha de Osmar, Ernani Bu­­­chmann, disse que a coligação não tinha a informação de que o texto havia sido julgado irregular pelo TRE quando houve a impressão. Segundo ele, a apreensão dos panfletos foi resultado de "absoluta falta de informação".

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