O clima de insegurança em Tocantins e a radicalização no fim da campanha eleitoral no Estado levaram a Justiça a requisitar ajuda da Polícia Federal e pedir ao Exército que envie mais homens ao Estado, para garantir a lisura das eleições. Proporcionalmente, de acordo com levantamento feito pela própria Polícia Federal, Tocantins é o Estado com o maior registro de crimes eleitorais: 628 nos últimos anos.
A PF enviou ontem 20 equipes com a missão de percorrer o Estado para coibir crimes, desencorajar candidatos ou cabos eleitorais dispostos a comprar votos, distribuir cestas básicas, fazer transporte irregular de eleitores, boca de urna e abuso da força ou do poder econômico. Equipes de inteligência também trabalham na prevenção de crimes eleitorais.
O Exército atuará em Palmas, capital do Estado, e nas cidades de Itacajá e Tocantínia, onde existem aldeias indígenas. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), José de Moura Filho, porém, quer que as Forças Armadas sejam autorizadas a atuar também em outros seis municípios onde há clima de insegurança.
A decisão do TRE de requerer a atuação da PF e do Exército foi reforçada nos últimos dias por dois fatores: o envolvimento da Polícia Militar numa operação de apreensão da revista Veja, na madrugada do domingo, e o fato de tanto a corporação quanto a Polícia Civil sofrerem forte influência do governador Carlos Gaguim. A tentativa de apreensão de Veja ocorreu porque a revista tinha uma notícia sobre o escândalo do desvio de dinheiro nos contratos de prefeituras de São Paulo e do Tocantins.
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