O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um discurso sobre mudanças climáticas para ironizar o incidente envolvendo o candidato tucano à Presidência, José Serra, no Rio de Janeiro, quando foi atingido com uma bola de papel e um rolo de fita crepe.
Em solenidade no Palácio do Planalto, Lula comentava a política brasileira para redução do desmatamento quando fez uma referência ao caso, de forma truncada: "Vencemos uma etapa importante na discussão do clima. Aos poucos, nós vamos compreendendo que ninguém é melhor do que ninguém, que o governo não se tranca numa redoma de vidro e acha que quem não concorda com o governo é contra. Portanto, o governo ia para a reunião (de clima), como se fosse de forma preventiva, com aquele negócio que a polícia de choque usa para não tomar bordoada, ou seja, para que não caísse papelote na cabeça".
A plateia, formada em sua maioria, por funcionários públicos, riu. O próprio presidente deu uma risadinha de seu comentário. A declaração do presidente foi feita em uma reunião do fórum brasileiro de mudanças climáticas. No longo discurso de cerca de 30 minutos, Lula fez uma avaliação pessimista da convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, marcada para dezembro, em Cancún, no México. "Em Cancún, eu não espero que os grandes líderes compareçam. Eu acho que como não tem acordo, é possível que nenhum deles queira se expor", disse ele, avisando que o Brasil estará presente para marcar sua "posição de vanguarda". Lula avisou que a meta estipulada pelo governo de redução de 80% de desmatamento até 2020 poderá ser antecipada em quatro anos.
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