Dilma: petista participa de comício e de encontro com empresários em Curitiba| Foto: Roberto Stuckert Filho

Encontro

Ciro almoça com ex-ministra e fecha acordo com o PT

Agência Estado

Em meio a uma intensa troca de elogios, o deputado federal Ciro Gomes (PSB) anunciou ontem o seu apoio à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Após almoço no escritório político do PT em Brasília, Ciro garantiu apoio à candidatura petista, mas não revelou se gravará programas para a tevê declarando voto nela. "Apoio nunca esteve em discussão. Meu partido tem uma posição formal [à candidatura de Dilma Rousseff], e eu sou disciplinado", disse. Agradecida, Dilma destacou a "relação muito forte" com o deputado. "Tem pessoas na vida que a gente nunca deixa de encontrar porque tem o pensamento muito parecido". "Ciro foi uma pessoal muito leal e corajosa na hora que a gente mais precisou, na hora mais difícil", disse, referindo-se ao período do mensalão petista, em 2005.

Descontraído, o deputado revelou que teve uma boa conversa com Dilma e que eles falaram sobre grandes figuras mundiais admiradas por ambos como Wilson Churchill e Barack Obama. Ciro disse que seu apoio à chapa petista estava garantido desde o dia em que o PSB decidiu que não o apoiaria em voo solo. O deputado disse, no entanto, que continua achando que o partido errou ao negar-lhe a candidatura.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega hoje ao Paraná para tentar impulsionar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência no estado e a de Osmar Dias (PDT) ao governo estadual. Amanhã, Lula participa de um comício na Boca Maldita ao lado de Dilma e Osmar. A esperança da coligação PDT, PMDB e PT é que a presença do presidente em Curitiba reverta o quadro de intenções de voto, que atualmente favorece os candidatos do PSDB Beto Richa e José Serra. Hoje, Lula e Dilma participam de um encontro com empresários, organizado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). O evento faz parte de uma série de debates que a entidade está promovendo com os principais candidatos ao Palácio do Planalto.

"É o momento de apresentarmos aos candidatos qual é a agenda de desenvolvimento para que o estado possa ter um crescimento sustentável e harmonioso, que seja benéfico para todos", disse Rodrigo da Rocha Loures, presidente da Fiep. O evento será às 20 horas no Centro Integrado dos Empresários e Trabalhadores do Estado do Paraná (Cietep).

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Palanque

Amanhã, Lula, Dilma e Osmar, além dos candidatos ao Senado Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT), sobem juntos no palanque montado na Boca Maldita. Para Gleisi, a vinda do presidente vai fortalecer a campanha. "A união entre os governantes é fundamental, pois quando todos trabalham na mesma direção, é muito mais fácil desenvolver ações em benefício do povo paranaense", disse.

A expectativa é que o comício reúna um grande público no centro de Curitiba. Ônibus devem trazer pessoas de cidades vizinhas. Ontem, durante um encontro de campanha em Quatro Barras, que reuniu os principais candidatos da coligação, foi anunciado que haveriam ônibus à disposição para quem quisesse participar do comício na capital.

Em 2006, a participação de Lula em um comício também na Boca Maldita é apontada por analistas políticos como um dos fatores que favoreceu a reeleição de Roberto Requião ao Palácio Iguaçu. Na ocasião, Requião venceu Osmar Dias. Hoje, ambos estão na mesma chapa.

Lula e Dilma dividiram o palanque pela primeira vez nesta campanha no Rio de Janeiro no último dia 16. O evento reuniu cerca de 6 mil pessoas. Na semana passada, a comitiva escolheu Garanhuns, reduto do presidente Lula, para um "comício reservado". Ontem, foi a vez de Porto Alegre, onde Dil­­­ma iniciou sua carreira política.

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Durante a visita à capital gaúcha, Lula negou que irá se licenciar do cargo para participar de alguma etapa da campanha da petista. "Não seria justo ser presidente da República e se licenciar para disputar uma campanha eleitoral", disse. "O presidente precisa governar até 31 de dezembro, e ainda agir como se o fosse até as 10 horas [do dia 1.º de janeiro], quando o eleito for homologado pelo Congresso", justificou. "Aí, sim, estarei de licença para outras campanhas."