O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (2), em resposta a um questionamento formulado por jornalistas, que não está cogitando a possibilidade de exonerar o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, por conta da quebra de sigilo fiscal de integrantes do PSDB e da filha do candidato do partido à Presidência da República, José Serra. "Não estou cogitando fazer isso [exonerar o secretário da Receita Federal]", se limitou a dizer Mantega.
Nesta quinta-feira, o PSDB utilizou o horário eleitoral gratuito para criticar a quebra de sigilo fiscal de Veronica Serra, filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra. No programa do partido, um apresentador diz que "mais uma vez adversários de José Serra utilizam uma armação para prejudicá-lo".
Além de Eduardo Jorge e de Verônica Serra, também tiveram o sigilo quebrado Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Telecomunicações, e Gregório Marin Preciado, ex-sócio do candidato à presidência, José Serra.
Falsificação de documento
Nesta quarta-feira (1), o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo disse que, diante do não reconhecimento por Veronica Serra da assinatura do documento entregue para obter suas declarações de renda e da afirmação do cartório de que não houve reconhecimento da firma no local, o caso foi encaminhado ao Ministério Público Federal.
Em comunicado lido na tarde de terça-feira, Cartaxo admitiu que "aconteceu a falsificação de documento público federal". De acordo com o tabelião do cartório, houve fraude. Segundo um escrevente, não há no cartório cartão de assinatura de Veronica Serra. De acordo com o tabelião do cartório, houve fraude. Segundo um escrevente, não há no cartório cartão de assinatura de Veronica Serra.
Segundo disse Cartaxo nesta quarta-feira (1), no dia 30 de setembro do ano passado houve o atendimento na agência de Santo André do pedido de acesso às declarações de Imposto de Renda de Verônica Serra dos anos de 2007 a 2009. De acordo com ele, na ocasião, foi apresentado por Antonio Carlos Atella Ferreira um requerimento padrão de pedido e havia a firma reconhecida de Veronica "sem sinal de fraude ou adulteração". Cartaxo afirmou que, como não havia sinais de fraude, era obrigação do servidor acatar a solicitação.
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