A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, defendeu ontem um plebiscito para discutir a legalização da maconha no país. "Não podemos resolver isso (a legalização da droga) sem um grande debate", argumentou em entrevista a emissoras de rádio de Natal (RN).A candidata disse que respeita as opiniões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que são favoráveis à legalização, mas assim como na questão do casamento gay, ela é contra. No entanto ela espera que a questão seja levada à sociedade. "Eu nunca tive nenhuma atitude de discriminação", afirmou.
Durante a entrevista, Marina disse que sua candidatura conseguiu se impor no cenário eleitoral e que "acabou o plebiscito" entre PT e PSDB.
No entanto, para a candidata o desafio agora é "acabar com a baixaria" de acusações entre seus adversários. "Eu não estou me deixando pautar pelo jogo do vale-tudo", garantiu. A presidenciável voltou a criticar as acusações do vice do presidenciável José Serra, deputado Indio da Costa (DEM-RJ), que levantou recentemente a questão da suposta relação entre PT e as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc).
Exoneração
Marina Silva anunciou ontem, em nota oficial, a exoneração da assessora parlamentar Jane Maria Villas Boas. A funcionária do Senado participou quinta-feira de um ato com religiosos em Bauru (SP), evento que fazia parte da agenda oficial da candidata. Além de Jane, o assessor Pedro Ivo de Souza Batista foi exonerado "preventivamente". O comunicado, assinado pelo coordenador da campanha, João Paulo Capobianco, diz que Jane e Batista estão em período de recesso parlamentar (que começou no dia 17 e vai até segunda-feira), o que libera a participação deles em qualquer outra atividade, "inclusive as de cunho político-eleitoral".
Embora Batista não estivesse no evento no interior paulista, a coordenação da campanha optou por antecipar a exoneração do Senado. "Apesar de ambos estarem, portanto, em condição regular do ponto de vista funcional e legal, os dois servidores serão exonerados imediatamente", assinala a nota. No entanto, a assessoria da campanha explica que o pedido de exoneração dos funcionários já havia sido providenciado anteriormente, mas ainda não teria sido publicado no Diário Oficial.
O comunicado diz também que Marina se licenciou de funções no Senado para não "misturar seu mandato parlamentar com atividades partidárias".
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